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Investimentos

Sexta-Feira, Dia 26 de Março de 2021 as 01:03:41



JBS - Resultado no 4º Trimestre/2020 Forte Geração de Caixa e Redução da Alavancagem


JBS - Resultado no 4º Trimestre/2020
 
Forte geração de caixa, JBS reduz alavancagem e propõe pagamento dedividendos
 
Por mais um trimestre, a JBS apresentou um resultado robusto, com incremento de receita em reais em todas as unidades de negócios. No consolidado, a receita líquida do trimestre foi de R$ 76,1 milhões (+33,1% a/a), favorecida por aumento de volumes e preços, e pela depreciação do real frente ao dólar.
 
O EBITDA alcançou R$ 7 bilhões (+24,1% a/a), com margem de 9,2% (-0,7p.p a/a). O constante foco da empresa na gestão de passivos segue refletindo em uma redução sequencial do custo da dívida e, consequentemente, em diminuição das despesas financeiras, beneficiando assim o resultado líquido, que ficou positivo em R$ 4 bilhões (+65% a/a). 
 
Adicionalmente, observamos a forte geração de caixa (FCL totalizou R$ 3,8 bilhões, +18,6% a/a), também contribuindo para redução da alavancagem, que novamente registrou recorde mínimo histórico, ficando em 1,52x vs 1,83x no 3T20. Com a forte geração de caixa, a empresa tem um colchão de liquidez para seguir sua estratégia de crescimento orgânico e inorgânico, bem como propôs o pagamento de dividendos recorde de R$ 2,5 bilhões, equivalente a R$ 1,00 por ação.
 
Desempenho das principais unidades. 
 
Destacamos no 4T20 o desempenho da Seara, cuja receita foi impulsionada pelo aumento nos volumes e preços, tanto no mercado interno quanto no externo, notadamente de produtos preparados. Assim, a unidade registrou receita líquida de R$ 7,5 bilhões (31,8%) e EBITDA de R$ 1,06 bilhão (+50,8% a/a), com margem de 14,1% (+1,8p.p. a/a). 
 
O resultado da JBS Brasil também superou nossas expectativas, com aumento de 39,9% a/a na receita líquida, decorrente principalmente do desempenho da Friboi, que registrou incremento de volumes (+15% a/a) e preços (+30% a/a), e das exportações para China e Hong Kong, que cresceram 60% no período. O EBITDA da unidade alcançou R$ 687,9 milhões (+41,2%), com margem de 5,1% (+0,1p.p. a/a), impactada negativamente pelo aumento do custo com gado no período. 
 
Nas operações da América do Norte, os fundamentos permanecem sólidos, com demanda aquecida nos mercados interno e externo. A JBS USA Beef continuou se beneficiando do cenário de forte demanda e disponibilidade de gado, registrando receita líquida de US$ 5,6 bilhões (-3,2% a/a) e margem de 9%, com queda de 0,1 p.p. a/a, decorrente da operação na Austrália, que segue com restrições na oferta de gado, com consequente redução da produção. 
 
No caso de JBS USA Pork, a demanda crescente da China, principal mercado consumidor da carne suína norte americana, tem impulsionado preços e volumes, e a receita líquida no 4T20 foi de US$ 1,7 bilhão (+12,5% a/a). A unidade tem perspectivas de crescimento orgânico, com ampliação de linhas de produção e construções de novas plantas. A receita líquida da Pilgrims (PPC) também registrou incremento, chegando a US$ 3,12 bilhões (+1,8% a/a), com destaque para a forte demanda do varejo.
 
Desempenho das ações e perspectivas. 
 
As ações de JBS acumulam alta de 16,3% no ano de 2021, beneficiadas principalmente pelo bom momento do setor de proteína animal, com demanda robusta, principalmente da Ásia. Ainda que os custos de produção com ração animal e gado sigam elevados, a companhia foi capaz de aumentar preços e também investir em produtos de maior valor agregado. 
 
Para os próximos trimestres, esperamos que JBS USA Beef continue se beneficiando da demanda consistente nos mercados doméstico e externo. JBS USA Pork deve se favorecer das exportações para China, uma vez que novas variantes da Peste Suína Africana podem retardar a recomposição do rebanho suíno no país asiático, enquanto PPC deve se recuperar gradualmente com a reabertura do Food Service nos EUA. 
 
No Brasil, margens de JBS Brasil e Seara devem refletir maiores custos com gado e grãos, respectivamente, no curto prazo. Considerando nossa expectativa de continuidade de um resultado operacional consistente, aliada à forte geração de caixa, com consequente redução da alavancagem, potencial de crescimento e, ainda, a depreciação cambial, mantemos nossa visão otimista para a tese de investimentos da empresa. JBSS3 está sendo negociada a um múltiplo EV/EBITDA 21e de 5,18x, abaixo de sua média histórica de 2 anos (5,7x) e de seus pares nos
 
EUA. Assim, mantemos nosso preço-alvo em R$ 35,0/ação para final de 2021 e reiteramos nossa recomendação de Compra.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por 
VICTOR PENNA e MARIANA LONGOBARDO do BB INVESTIMENTOS

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Fonte: VICTOR PENNA e MARIANA LONGOBARDO do BB INVESTIMENTOS





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