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Investimentos

31 de Março de 2021 as 20:03:53



GRUPO SBF - Resultado no 4º trimestre/2020: MISTO


Grupo SBF - Resultado no 4º trimestre/2020
 
Misto; pressão nas margens, mas boas perspectivas com a Fisia
 
Os resultados referentes ao 4T20 do Grupo SBF (Centauro) foram mistos, em nossa opinião. Apesar da pressão nas margens operacionais e do incremento nas despesas financeiras ter prejudicado a margem líquida, a conclusão da transação de aquisição da Físia (operações da Nike no Brasil) trouxe um forte crescimento das vendas e boas perspectivas para o curto prazo. 
 
Desempenho das Ações. 
 
A partir do pregão de hoje (31), as ações CNTO3 passarão a ser negociados com o ticker SBFG3 (sem alteração para os acionistas minoritários), de forma a refletir a estratégia da companhia de agregar diferentes unidades de negócios. Nos últimos doze meses, os papéis acumulam uma alta de 7,3%, com forte desempenho de 25,6% no último mês. 
 
Ao nosso ver, a expressiva valorização observada no mês de março decorre das boas perspectivas de curto prazo que a aquisição da Fisia traz para o Grupo SBF, dada a força da marca Nike em artigos esportivos, as oportunidades de exploração dos negócios de Atacado e, principalmente, do canal digital. Dado nosso preço-alvo de R$ 36,20 para o final de 2021 e o ainda elevado potencial de valorização em relação ao preço corrente do papel, mantemos nossa recomendação de Compra.
 
Desempenho econômico-financeiro. 
 
A receita líquida atingiu R$ 1,1 bilhão no 4T20, +28,3% a/a. Esse crescimento é resultado do reconhecimento, no último mês de 2020, da receita da Fisia, operação da Nike no Brasil concluída em dezembro. Considerando apenas a receita líquida das operações da Centauro, houve um crescimento de 8,5% a/a e +9,8% r/e, como resultado, principalmente, do crescimento das vendas na plataforma digital em 63,2% a/a, enquanto as vendas em lojas físicas retraíram 1,5% no mesmo período.
 
A margem bruta sofreu um decréscimo de 4,9 p.p. (-1,4 p.p. r/e) em decorrência 
 
(i)   do reconhecimento de uma margem menor nas operações da Fisia em comparação com as operações da Centauro e 
(ii)  de um ambiente mais promocional impactando as margens da Centauro em 3,1 p.p. a/a, além da maior representatividade do canal digital na receita e do mix de produtos.
 
A margem EBITDA Ajustada, por sua vez, veio em 11,5%. Se excluirmos do resultado do 4T19 os efeitos decorrentes do reconhecimento de créditos tributários e de provisões, a margem EBITDA ajustada retraiu 3,8 p.p. a/a (-1,4 p.p. r/e).
 
Apesar da margem EBITDA ajustada ter acompanhado a queda da margem bruta, sua retração foi mais amena em decorrência da redução das despesas de VG&A como percentual da receita líquida nas operações da Centauro, e do reconhecimento das despesas da Fisia, as quais, como percentual da receita líquida, são cerca de 15 p.p. inferior às das operações da Centauro.
 
Tudo considerado, a margem líquida atingiu 1,4%, queda de 17,9 p.p. a/a., mas 1,0 p.p. superior às estimativas, também prejudicada pelo aumento das despesas financeiras na comparação anual em função do maior endividamento da companhia. 
 
Nesse aspecto, vale observar que o endividamento bruto do Grupo SPF ao final de 2020 totalizava R$ 599 milhões, ante R$ 34,6 milhões no ano anterior. Considerando a alavancagem financeira pela relação dívida líquida ajustada (que inclui o parcelamento de impostos) sobre o EBITDA, esta atingiu 1,1x em 2020, 0,8x superior ao final de 2019, como resultado da contratação de dívidas para reforçar o caixa durante a pandemia e para financiar a operação da Fisia.
 
Por fim, os investimentos realizados no 4T19 totalizaram R$ 57,4 milhões, queda de 28% na comparação anual em razão dos menores investimentos em abertura de lojas e reformas. Por outro lado, os investimentos em tecnologia, inovação e outros foram superiores aos números observados no 4T19. Do total investido, 35% foram destinados à abertura de lojas e reformas (ante 79% no 4T19) e 65% em tecnologia, inovação e outros (ante 21% no 4T19).
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por GEORGIA JORGE, analista do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GEORGIA JORGE, analista do BB INVESTIMENTOS





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