Políticos alemães debatem sobre tornar obrigatórias as vacinas contra Covid-19 para os cidadãos, diante do crescimento das infectações e da baixa taxa de inoculação
Vários membros do bloco conservador da chanceler Angela Merkel disseram no domingo que os governos federal e estadual devem introduzir vacinas obrigatórias assim que outros esforços para aumentar a baixa taxa de inoculação da Alemanha de apenas 68% fracassarem.
"Chegamos a um ponto em que devemos dizer claramente que precisamos de vacinação compulsória de fato e um bloqueio para os não vacinados",
escreveu Tilman Kuban, chefe da ala jovem da União Democrata Cristã (CDU) de Merkel, no jornal Die Welt.
O primeiro-ministro do Estado da Baviera, Markus Soeder, pediu uma decisão rápida para tornar obrigatória a vacinação covid-19, enquanto o primeiro-ministro do estado de Schleswig-Holstein, Daniel Guenther, disse que as autoridades deveriam pelo menos discutir tal passo para aumentar a pressão sobre os cidadãos não vacinados.
Danyal Bayaz, um membro influente dos Verdes e Ministro das Finanças no estado sudoeste de Baden-Wuerttemberg, onde as taxas de infecção são muito altas, disse que seria um erro neste momento da pandemia excluir a vacinação compulsória.
Os Verdes estão atualmente em negociações com os social-democratas de centro-esquerda (SPD) e os libertários Democratas Livres (FDP) para formar um governo de coalizão de três vias no nível federal, informa a Reuters.
Os três partidos estão em fase final de selar um acordo de coalizão que abriria caminho para que o ex-ministro das Finanças Olaf Scholz, do SPD, sucedesse Merkel como chanceler na primeira quinzena de dezembro.
Scholz disse que quer um debate sobre a obrigatoriedade da vacinação para profissionais de saúde e enfermeiros geriátricos. Os membros do expressaram suas objeções a tal passo, já que o partido dá maior ênfase à liberdade individual.
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