País à deriva: não se entendem no desgoverno.
Anvisa recomenda não mudar orientação sobre vacinação de adolescentes
Ministério da Saúde suspendeu orientação para a vacinação
Depois do Ministério da Saúde suspender a orientação de vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a covid-19, a ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu comunicado em que diz não ver razão para mudar as condições aprovadas pelo órgão para a vacina da Pfizer/BioNTech.
“Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos”,
diz a Anvisa.
Em junho deste ano, o imunizante teve o uso em pessoas com 12 anos de idade ou mais autorizado pela agência. A aplicação nesse público, em pessoas com e sem comorbidades, foi então indicada pelo Ministério da Saúde para iniciar na 5ª feira, 15.09. Mas a pasta voltou atrás sob argumentos de adotar cautela para esse público.
Morte de um adolescente sob investigação
No comunicado, a Anvisa diz que investiga o caso do adolescente paulista morto após ser vacinado com uma dose da Pfizer/BioNTech, um dos episódios que chamou a atenção para possíveis efeitos.
A agência ressalta que ainda não há uma relação de causa encontrada entre a morte e a aplicação da vacina. Os dados obtidos ainda são “preliminares” e precisam ser analisados para confirmar ou descartar uma suposta relação entre os dois episódios, disse a Anvisa.
O órgão acrescenta que todas as vacinas autorizadas no Brasil são monitoradas constantemente a partir da notificação de efeitos adversos.
“Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.
A Anvisa lembra que a aprovação do uso da vacina da Pfizer/BioNTech em adolescentes levou em consideração estudo com 1.972 pessoas nessa faixa etária, com eficácia de 100% nos grupos avaliados.
NOTA DA REDAÇÃO JR
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, em edição desta 6ª feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, teria afirmado na 5ª feira, 16.09, que partiu do presidente Jair Bolsonaro a orientação para rever a vacinação de adolescentes.
Mais cedo, a pasta recomendou a interrupção da aplicação de doses em pessoas de 12 a 17 anos sem comorbidades, como diabete, problema cardíaco ou deficiência física. A Anvisa, porém, manteve a autorização do imunizante da Pfizer para essa faixa etária.