Diário do Mercado na 4ª feira, 08.05.2019
Ibovespa sobe com articulação política, descolando-se de Nova York
Comentário.
O Ibovespa tornou a avançar, após dois pregões adversos por conta da elevação global da aversão ao risco. Internamente, os agentes consideraram favorável a possibilidade da recriação de dois novos ministérios, cidades e integração nacional, que fariam parte do processo inicial de articulação política do governo, que também poderia ser proveitoso em relação à reforma da previdência.
De outra mão, o balanço da Petrobras foi digerido pelos analistas e terminou sendo ponderado como positivo, com os papéis da empresa sendo destaques de contribuição ponderada para a alta na sessão. Externamente, os investidores operaram com certa cautela nas bolsas de Nova York, ainda aguardando as novas negociações comerciais que ocorrerão esta semana entre EUA e China.
Ibovespa.
O índice principiou progredindo rapidamente superou os 95 mil pts. Em seguida, prosseguiu ascendente e antes da primeira hora da tarde chegou a superar os 96 mil pts.
A partir daí, arrefeceu levemente passou a circundar esta pontuação, perdendo um pouco mais de força na meia hora final do pregão. As ações da Petrobras e do setor de bancos foram as que mais contribuíram positivamente para a alta no dia.
O Ibovespa fechou aos 95.596 pts (+1,28%), acumulando agora -0,43% na semana, -0,79% no mês, +8,77% no ano e +15,24% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 15,346 bilhões, sendo R$ 15,098 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 6 de maio (último dado disponível), ocorreu saída de capital estrangeiro de R$ 825,975 milhões na Bovespa, passando a registrar retirada de R$ 532,989 milhões em maio. Em 2019, o saldo tornou-se negativo em R$ 26,364 milhões.
Câmbio e CDS.
O Real obteve o melhor desempenho tanto na cesta das 16 principais moedas globais, quanto em um grupo de 24 divisas emergentes.
O dólar comercial (interbancário) fechou a R$ 3,9330 (-0,91%), acumulando +0,31% no mês, +1,50% no ano e +10,23% em 12 meses.
Risco País
O risco-país pelo CDS Brasil 5 anos cedeu a 173 de 176 pts.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em queda ao longo de toda a curva, se sobressaindo a ponta mais longa, acompanhando o comportamento do dólar e a trégua externa em relação à guerra comercial entre EUA e China.
Em relação à véspera, assim findaram: DI janeiro/2020 em 6,43% de 6,45%; DI janeiro/2021 em 7,00% de 7,04%; DI janeiro/2023 em 8,10% de 8,18%; DI janeiro/2025 em 8,61% de 8,70%; e DI janeiro/2027 em 8,92 de 9,00%.
Agenda Econômica.
No Brasil, O IGP-DI (inflação ao atacado) desacelerou para +0,90% em abril versus +1,07% em março. O indicador passou a acumular +3,33% no ano e +8,25% em 12 meses. Assim variaram seus subíndices; IPA-DI em +1,09% (+1,35% em março); o IPC-DI em +0,63% (+0,65% em março); e o INCC-DI em +0,38% (+0,31% em março).
Já o COPOM manteve a taxa de juros no menor patamar de sua série histórica pela nona reunião consecutiva, em 6,5% a.a., por unanimidade, como esperado pelo mercado.
*** Na China, a balança comercial teve superávit de U$ 13,84 bilhões em abril, inferior à previsão de U$ 34,58 Bilhões. As exportações (A/A) caíram inesperadamente -2,7% em abril (+13,8% em março) – consenso em +3,0%; e as importações (A/A) superaram as previsões de -2,1%, com alta de +4,0% (-7,9% em março).
Para a semana
Brasil: Vendas a varejo; IGP-M (prévia) e IPCA;
EUA: Balança comercial e Orçamento mensal.
França e Reino Unido: Produção industrial.
Japão: PMI Manufatura.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 08.05.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos