Governo espera que possa ser cancelada uma nova greve geral,
convocada para o dia 4 de dezembro,
Uma onda de protestos começou teve início na Colômbia na última 5ª feira, 21.11, com greve geral contra o governo de Iván Duque, convocada por sindicalistas, estudantes, professores e indígenas.
O presidente do país está há apenas quinze meses no poder e tem 69% de rejeição. Iván Duque promove uma série de encontros a que deu o nome de Gran Conversación Nacional, onde busca solução para a crise que afeta seu país.
Exigências do Comitê
Contudo, representantes de estudantes, de organismos de defesa do meio ambiente e do Comitê Nacional de Paralisação se opõem à modalidade de diálogo que o governo de Ivan Duque pretende estabelecer: o Comitê exige uma negociação sem intermediários e ressalta que a agenda de diálogo deve girar em torno de propostas da sociedade civil e não da atual política do governo.
Em reunião realizada na 5ª feira, 28.11, na sede do governo, a Casa de Nariño, ambientalistas afirmaram estar alinhados com o Comitê Nacional de Paralisação que, no dia 26 recusou-se a aceitar o Grande Diálogo Nacional e se reunir, por exemplo, com empresários e representantes do Ministério Público.
“O Movimento Nacional do Meio Ambiente e várias organizações continuam firmes na greve. Viemos ratificar que fazemos parte do Comitê Nacional de Paralisação, não iremos nos dividir”,
afirmou Renzo García, líder do Movimento Nacional do Meio Ambiente.
Fazem parte desse Comitê algumas associações de estudantes e sindicatos de trabalhadores, que também se manifestaram de forma parecida. Um acordo com essas entidades será fundamental para frear os protestos e manifestações no país.
Nova Greve Geral
A vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, afirmou que o governo fará uma nova reunião com o Comitê e espera que a nova greve geral, convocada para o dia 4 de dezembro, possa ser cancelada.
"Obviamente que, neste momento, não podemos ter conversas exclusivamente com eles [do Comitê] ou excluí-los, porque é fundamental que o governo ouça todos os setores",
afirmou Ramírez.