Editorial do China Daily
Terrorismo comercial de Washington busca destruir sistema baseado em regras globais
sábado, 09.07.2022
Houve expectativas otimistas de que a Casa Branca possa anunciar em breve a remoção de pelo menos algumas tarifas punitivas impostas aos bens chineses pela administração anterior.
As pessoas bem-intencionadas com relação às relações entre EUA e China acreditam que isso possa criar uma oportunidade para alguma flexibilização das tensões acumuladas nos últimos anos.
Respondendo a uma pergunta sobre políticos de Washington que defendem a aplicação, também à China, da abordagem dos EUA à Rússia para conter seu avanço tecnológico e militar, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês acusou Washington de "terrorismo tecnológico". Isso ilustra como Pequim vê a forma como o país está sendo tratado e sua opinião sobre alguns nos círculos estratégicos de Washington.
Afinal, como Pequim tem repetidamente enfatizado, uma relação bilateral permanece como um todo orgânico, onde as duas partes colocam as diferenças de lado e concentram-se apenas no que é bom para ambos. Para que a China e os EUA se dêem bem, portanto, eles devem deixar suas diferenças sobre os valores e focar na economia e no comércio.
O governo Donald Trump concentrou-se em iniciar uma guerra comercial, que o governo Biden herdou e intensificou, definindo a China como um "concorrente estratégico".
Ainda assim, Pequim tem permanecido firme em seu otimismo, acreditando que, diante das crescentes evidências de que está seguindo o rastro de um carrinho virado como diz o ditado, Washington voltará a ter juízo.
"Dissociação", como alguns em Washington propõem, é inviável. Mesmo que fosse alcançável, não seria recompensador.
Pequim vislumbra uma relação que é mutuamente benéfica e acredita que tal relação é alcançável se ambos os lados trabalharem juntos para forja-la.
O governo Biden, no entanto, pretende jogar um jogo de soma zero, confrontando e suprimindo a China sempre que possível.
Suas tentativas de impedir a ASML Holding NV e a Nikon Corp de vender equipamentos-chave para a China, por exemplo, é sua mais recente violação imprudente de seu próprio compromisso reivindicado com o livre comércio e regras de comércio internacional.
Enquanto isso, há relatos sobre Washington tentando restringir ainda mais as trocas bilaterais mesmo em níveis não governamentais, em nome de evitar as "operações de influência" chinesas.
Aqueles que procuram bloquear o caminho dos outros só acabarão bloqueando seu próprio caminho. Ao politizar e armar constantemente questões econômicas e comerciais, Washington está apenas demonstrando a outros países os riscos da dependência tecnológica dos EUA, estimulando-os a procurar em outro lugar.
Há muitas divergências e dúvidas a serem endireitadas entre Pequim e Washington. Mas a ideia de reduzir a relação bilateral em uma que serve unilateralmente aos EUA é irrealista.
CONFIRA em CHINA DAILY a íntegra da matéria.
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