Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Investimentos

29 de Outubro de 2021 as 13:10:27



AMBEV - Resultado no 3º trimestre/2021: FORTE Desempenho Comercial


AMBEV - Resultado no 3º Trimestre/2021
28.10.2021
Por MARY SILVA, CNPI e 
MELINA CONSTANTINO, CNPI
 
O bom momentum comercial continua 
 
O forte desempenho comercial apresentado nos últimos trimestres se repetiu no 3T21 da Ambev. A empresa entregou os maiores volumes consolidados de um terceiro trimestre, com crescimento de 7,7% na comparação com o 3T20, que já havia sido um trimestre de forte recuperação, e alta de 20,8% ante o 3T19 (período normalizado). Dos 10 principais mercados em que a companhia atua, em 8 deles o crescimento de volume já é superior aos números do 3T19. 
 
A receita líquida totalizou R$18,5 bilhões, crescimento de 18,5% ante o reportado no 3T20, em razão da predominância de produtos mais premium no mix de vendas, das inovações e da gestão de receitas, com destaque para o crescimento de 16,2% a/a da receita do segmento de cervejas no Brasil. 
 
Conforme era esperado, os custos cresceram 24,7% a/a, pressionados pelo alto preço de commodities e câmbio desfavorável, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram alta de 17,1%, principalmente em razão de provisões para pagamento de remuneração variável.
 
Como resultado, o EBITDA Ajustado cresceu 7,8% em relação ao reportado no 3T20, e atingiu margem de 29,6%, queda de 2,9 p.p.
 
O lucro líquido totalizou R$ 3,7 bilhões no 3T21, crescimento de 57,4% ante o reportado do 3T20, beneficiado pela melhora no resultado financeiro líquido no trimestre (ainda negativo, mas menor em 23,5% a/a), além da reversão de imposto de renda e contribuição social diferidos.
 
Durante o pregão de 5ª feira, 28.10, as ações da Ambev negociam em forte alta, refletindo resultados melhores do que o esperado pelo mercado. Isto porque a base de comparação anual era considerada difícil, já que o 3T20 foi um trimestre de forte recuperação de volumes, após os maiores impactos da pandemia no primeiro semestre do ano passado.
 
O destaque foi o segmento de cerveja no Brasil, com crescimento de 7,5% a/a no volume e 16,2% a/a na receita líquida, mas com recuo de 8,5% no EBITDA Ajustado, devido aos maiores custos e despesas com vendas, gerais e administrativas, dinâmica que já era prevista.
 
A combinação entre a estratégia comercial bem executada e o cenário de reabertura das economias nos locais de atuação da empresa, diante do avanço da vacinação contra o Covid-19, permitiu a entrega de resultados robustos em termos de volume e receita.
 
Por outro  lado, o cenário de custos elevados e o crescimento macroeconômico em desaceleração ainda dificultam as perspectivas de recuperação de margens. 
 
Embora a Ambev tenha reiterado a intenção de retomar a margem EBITDA de 2019, que foi próxima de 40%, em breve, a volatilidade do ambiente de negócios, os altos preços de commodities e a desvalorização cambial, especialmente no Brasil, continuam como barreiras.
 
A prioridade de alocação de capital continua sendo no crescimento orgânico e inorgânico na empresa, e nos investimentos em aumento de capacidade e inovação, com foco em um mix de vendas de produtos mais premium.
 
Reiteramos a recomendação de Compra para ABEV3, conforme divulgação recente de nossa revisão de estimativas e nosso novo preço-alvo de R$18,50 para o final de 2022.
 
Brasil. 
 
A receita líquida do segmento de cervejas no Brasil cresceu 16,2% a/a, com o volume crescendo 7,5% ante o 3T20 e 34,8% em relação ao 3T19. O forte desempenho comercial foi impulsionado, novamente, pelas inovações, que representaram mais de 20% do faturamento, e pelo mix de produtos mais premium. 
 
As plataformas digitais de vendas, como o BEES e Zé Delivery, continuaram expandindo. O EBITDA Ajustado atingiu R$2,0 bilhões no 3T21, queda de 8,5% a/a, principalmente em razão de maiores custos com commodities, câmbio desfavorável e maiores despesas gerais e administrativas, especialmente com provisões para remuneração variável de executivos, que não ocorreram no ano passado, e maiores investimentos em vendas e marketing. 
 
No segmento de não alcoólicos (NAB), a receita líquida cresceu 22,4% em relação ao 3T20 e 25,7% ante o 3T19, favorecido pelo retorno gradual do consumo fora da residência, com a redução das restrições de mobilidade, além do mix de marcas favoráveis. O EBITDA Ajustado teve queda de 20,8% na comparação anual, também afetado pelo aumento expressivo de custos e despesas, mesma dinâmica do segmento de cervejas.
 
O EBITDA ajustado das operações no Brasil somou R$ 2,3 bilhões, queda de 10,0% a/a, com margem de 25,3%, a menor já registrada historicamente.
 
 
Destaques Operacionais e Financeiros
 
► América Central e Caribe (CAC).
 
A receita líquida cresceu 20,4% a/a, como resultado de um crescimento de 8,9% do volume e 10,6% da ROL/hl, em razão do sólido desempenho na República Dominicana, Panamá e Guatemala, impulsionado pela plataforma BEES e pelas vendas de produtos mais premium, liderado pelas marcas Corona e Michelob Ultra. O EBITDA Ajustado cresceu 23,4% a/a, em razão do crescimento da receita e diminuição de despesas.
 
► América Latina Sul (LAS).
 
As operações na região também apresentaram forte crescimento em volume (+11,7% a/a) e ROL/hl (+41,1%), principalmente impulsionado pelos negócios na Argentina, Chile e Paraguai, que ajudaram a compensar maiores custos. O EBITDA Ajustado cresceu 58,7% a/a, com expansão de 4,5 p.p. na margem, que encerrou o 3T21 em 31,7%.
 
Canadá.
 
O desempenho comercial foi novamente fraco, cujo volume apresentou queda de 6,6% na comparação anual, apesar da ROL/hl ter crescido 7,3% no período. Com isso, o EBITDA Ajustado ficou estável ante o 3T20, e totalizou R$857,4 milhões.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise a respeito, elaborado por 
MARY SILVA, CNPI e MELINA CONSTANTINO, CNPI, analistas do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARY SILVA, CNPI e MELINA CONSTANTINO, CNPI, analistas do BB INVESTIMENTOS





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
INVESTIMENTOS - Ibovespa sobe 1,67% a despeito da S&P 18/02/2016
INVESTIMENTOS - Ibovespa sobe 1,67% a despeito da S&P
 
INVESTIMENTOS - O Mercado  na  3ª feira, 16.02: China e Petróleo trazem volatilidade 16/02/2016
INVESTIMENTOS - O Mercado na 3ª feira, 16.02: China e Petróleo trazem volatilidade
 
INVESTIMENTOS - RENDA FIXA - Análise Semanal de Mercado: aversão ao risco eleva taxas 15/02/2016
INVESTIMENTOS - RENDA FIXA - Análise Semanal de Mercado: aversão ao risco eleva taxas
 
INVESTIMENTOS - O mercado financeiro na 2ª feira, 15.02: IBOVESPA em 40 mil pontos 15/02/2016
INVESTIMENTOS - O mercado financeiro na 2ª feira, 15.02: IBOVESPA em 40 mil pontos
 
INVESTIMENTOS - O mercado financeiro na 6ª feira, 12.02 15/02/2016
INVESTIMENTOS - O mercado financeiro na 6ª feira, 12.02
 
INVESTIMENTOS - O Mercado em 11.02, 5ª feira:  mercados em queda pelo mundo 12/02/2016
INVESTIMENTOS - O Mercado em 11.02, 5ª feira: mercados em queda pelo mundo
 
INVESTIMENTOS - LOJAS RENNER - Resultados do 4º trimestre/2015 11/02/2016
INVESTIMENTOS - LOJAS RENNER - Resultados do 4º trimestre/2015
 
INVESTIMENTOS - O Mercado em 10.02.2016: Investidores preocupados 11/02/2016
INVESTIMENTOS - O Mercado em 10.02.2016: Investidores preocupados
 
INVESTIMENTOS - BRADESCO - Resultados no 4º trimestre/2015 05/02/2016
INVESTIMENTOS - BRADESCO - Resultados no 4º trimestre/2015
 
INVESTIMENTOS - RENDA FIXA - Comportamento do Mercado Secundário de Debêntures - 04.02.2016 05/02/2016
INVESTIMENTOS - RENDA FIXA - Comportamento do Mercado Secundário de Debêntures - 04.02.2016
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites