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Investimentos

Sexta-Feira, Dia 29 de Outubro de 2021 as 14:10:35



GERDAU - Resultado no 3º Trimestre/2021: ROBUSTO


GERDAU - Resultado no 3º Trimestre/2021
28.10.2021
Por MARY SILVA, CNPI 
O bom momento permanece
 
A Gerdau reportou, mais uma vez, resultados robustos no 3T21, renovando recordes de receita líquida, EBITDA ajustado e lucro líquido – este último, de R$ 5,6 bilhões.
 
Os bons números, que superaram nossas estimativas, refletem a continuidade da dinâmica favorável do setor de siderurgia nas regiões de operação da companhia, com demanda ainda aquecida no período e preços em patamares elevados, suportados principalmente pelo forte consumo de aço pelos setores de construção e industrial, tanto no Brasil como nos EUA.
 
A empresa também apresentou avanços no processo de desalavancagem financeira, com nova redução da dívida líquida ante o 2T21 (para R$ 8,7 bilhões), em função da forte geração de caixa operacional, que superou o aumento da dívida bruta no período. Assim, o indicador dívida líquida/EBITDA recuou para 0,41x (ante 0,65x no 2T21 e 2,07x no 3T20).
 
A empresa anunciou uma nova distribuição de dividendos – que já somam mais de R$ 5 bilhões em 2021 -, o que representa um retorno via dividendos de 12% sobre a cotação do início do ano. Assim, considerando a continuidade da forte rentabilidade e a expectativa de potenciais dividendos sobre os lucros ainda elevados em 2022, reiteramos nossa recomendação de Compra e mantemos o preço-alvo 2022e de R$ 38,00.
 
Desempenho operacional e financeiro no 3T21
 
Com utilização de 80% de sua capacidade instalada no 3T21, a Gerdau apresentou evolução em volumes de produção e vendas na comparação anual, continuando a capturar a demanda aquecida de aço e com preços elevados, em todos os seus mercados de atuação.
 
Mesmo em comparação ao 2T21, que foi bastante positivo para a companhia, o volume de vendas teve leve crescimento de 1%, que combinado a preços médios superiores – em função da demanda favorável e do mix de vendas com itens de maior valor agregado –, resultou em um novo recorde de receita líquida, de R$ 21,3 bilhões (74,4% a/a). 
 
Os custos de produção elevados, sobretudo de matérias-primas como minério de ferro e sucata, foram repassados aos preços de venda, possibilitando também um forte incremento no lucro bruto e no EBITDA ajustado – este último superou R$ 7 bilhões (+228,3% a/a), recorde trimestral, o que representa uma margem de 32,9% (+15,4 p.p. a/a), a maior já registrada pela companhia.
 
Combinado com o forte resultado operacional, o resultado financeiro positivo em função do impacto da valorização cambial sobre as dívidas em moeda estrangeira e de itens não recorrentes (como a recuperação de perdas com empréstimo compulsório da Eletrobras obtida em decisão judicial), contribuiu para impulsionar o lucro líquido, que atingiu R$ 5,6 bilhões (R$ 4,6 bilhões, ajustado pela exclusão dos itens não recorrentes), um forte incremento de 603,6% a/a.
 
Dividendos bilionários
 
Junto com os resultados, a empresa anunciou uma nova distribuição de proventos, sendo R$ 341,1 milhões (R$ 0,20/ação) em juros sobre o capital próprio e R$ 2.421,9 milhões (R$ 1,42/ação) em dividendos que, somados, representam um yield de 5,9% sobre a cotação do último fechamento. 
 
Com essa distribuição, a empresa acumula mais de R$ 5 bilhões de proventos pagos em 2021, o que equivale a um yield de 12% sobre a cotação da ação preferencial no início do ano, e se consolida como uma forte pagadora de dividendos.
 
Destaques por Operação de Negócios (ON)
 
A ON Brasil segue beneficiada pela forte demanda dos setores de construção e indústria no país – com destaque para a produção de máquinas agrícolas, implementos rodoviários e equipamentos para o setor de energia -, com 88% do volume direcionado para o mercado interno. Desta forma, a operação teve forte incremento de receita e EBITDA ajustado, com margem EBITDA ajustada de 39,8% (-0,9 p.p. ante a margem recorde do 2T21). 
 
A ON América do Norte continua operando no limite da capacidade instalada, aproveitando-se da dinâmica positiva da siderurgia nos Estados Unidos, onde os setores de construção civil não-residencial e industrial seguem demandando volumes elevados de aço. Combinado com preços de venda recordes, a receita e EBITDA ajustado da operação foram recordes, com a margem EBITDA ajustada avançando 5 p.p. em relação ao recorde do 2T21, atingindo 25,4%.
 
As vendas da ON América do Sul também mostraram crescimento no 3T21, principalmente com a recuperação da demanda no Peru e Argentina. Houve incremento de receita líquida e EBITDA tanto na comparação anual como trimestral; no entanto, os altos custos de sucata utilizada como matéria prima pesaram sobre o resultado operacional, fazendo com que a margem EBITDA, que vinha se recuperando desde o 3T20, recuasse 5,4 p.p. sobre o 2T21, para 32,4%.
 
A ON Aços Especiais capturou a demanda com a retomada gradual da produção de veículos leves, tanto no Brasil como nos Estados Unidos - apesar de persistirem as limitações com a falta de semicondutores -, além da resiliência da produção de veículos pesados no Brasil e do setor de óleo e gás nos EUA. 
 
Assim, houve forte avanço de receita líquida e EBITDA na comparação anual, e a margem EBITDA atingiu 18,8%, maior patamar desde 2018.
 
Desempenho das ações e perspectivas
 
Apesar da forte volatilidade dos papéis do setor de siderurgia e mineração, as ações da Gerdau têm sido as mais resilientes do segmento, mostrando recuperação desde o auge da aversão ao risco do setor no último mês de setembro, com o caso da incorporadora Evergrande na China. 
 
Seguimos monitorando sinais de desaceleração do setor, mas acreditamos que os próximos resultados da Gerdau deverão seguir fortes, ainda que os preços de aço se estabilizem nos patamares atuais, o que poderá manter a rentabilidade operacional da empresa em níveis elevados. 
 
Entendemos que a volatilidade deverá continuar no curto prazo, mas acreditamos que os papéis da Gerdau podem se destacar positivamente frente seus pares, em função:
 
(i)   da baixa exposição ao segmento de mineração (a maior parte de sua produção de minério de ferro é destinada ao consumo próprio na produção de aço);
(iI) da atuação em mercados que seguem com dinâmica favorável, como Brasil e EUA; e
(IIi) da expectativa de potenciais dividendos.
 
Assim, reiteramos nosso preço-alvo 2022e da GGBR4 em R$ 38,00/ação e mantemos a recomendação de Compra.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise a respeito, elaborado por
MARY SILVA, CNPI, analista senior do BB INVESTIMENTOS 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARY SILVA, CNPI, analista senior do BB INVESTIMENTOS





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