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Internacional

20 de Maio de 2022 as 17:05:47



SISTEMA SWIFT - Hong Kong faz Planos de Emergência para enfrentar Sanções


Baía de Hong Kong-Cantão-Macau, com centro financeiro de HK em primeiro plano
 
Hong Kong faz planos de emergência para enfrentar sanções SWIFT
 
Jeff Pao
para o Asia Times
em 05.05.2022
 
A Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) preparou planos de emergência caso Hong Kong ou a China Continental sejam eventualmente sancionadas pelos EUA por apoiar a Rússia em seu conflito com a Ucrânia. 
 
O presidente-executivo do HKMA, Eddie Yue, disse que o banco central de fato em Hong Kong mantém estreita comunicação com o Banco Popular da China (PBoC) sobre temas de segurança financeira. Afirmou que o HKMA tem planos para minimizar riscos em algumas situações extremas, como a remoção do centro financeiro do sistema SWIFT.
 
Os comentários de Yue ecoaram um relatório recente publicado pelo Financial Times, que disse que os reguladores financeiros chineses e os principais bancos realizaram, em 22.04.2022, uma reunião para discutir as sanções dos EUA que a China poderia enfrentar.
 
Desde que as tropas russas lançaram ataque em grande escala à Ucrânia, em 24.02.2022, os EUA e a União Europeia impuseram várias rodadas de sanções a autoridades, bancos e oligarcas russos. Eles também pediram à China que se abstenha de ajudar a Rússia a escapar das sanções.
 
Em 12.03.2022, a SWIFT desconectou sete bancos russos e suas subsidiárias localizadas na Rússia de sua rede de transferência financeira. Os bancos sancionados incluem o segundo maior VTB da Rússia, Bank Otkritie, Novikombank, Promsvyazbank, Bank Rossiya, Sovcombank e VEB.
 
Na 4ª feira, 04.05, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a União Europeia deixará de comprar petróleo russo até o final deste ano (de 2022) para punir a invasão da Ucrânia pela Rússia. Ela também disse que a UE expulsaria o maior banco da Rússia do sistema global de pagamentos SWIFT.
 
Enquanto o Ocidente aperta parafusos sobre a Rússia, os reguladores financeiros chineses realizaram uma reunião a portas fechadas com bancos nacionais e estrangeirosem 22.04.2022, para discutir como eles poderiam proteger os ativos da China no exterior de sanções dos EUA, semelhantes às impostas à Rússia, reportou o Financial Times no domingo, 01.05.2022.
 
Autoridades do PBoC e do Ministério das Finanças disseram que Pequim foi colocada em alerta devido à disposição dos EUA e seus aliados de congelar ativos em dólares mantidos no exterior pelo Banco Central da Rússia. Eles disseram que a dissociação das economias da China e do Ocidente seria muito mais severa do que entre a Rússia e o Ocidente.
 
O relatório apontou que a potencial invasão chinesa de Taiwan pode desencadear sanções dos EUA contra a China.
 
O PBoC, a Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China, a Administração Estatal de Câmbio e a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China realizaram fóruns separados em 22.04.2022 para discutir como a China poderia estabilizar os mercados locais e impulsionar a economia, melhorando seu sistema financeiro e salvaguardando a segurança financeira do país.
 
As reuniões ocorreram depois que o yuan se desvalorizou 2% nos três dias a partir de 19.04.2022.
 
e-HKD em Hong Kong
 
Uma ideia é acelerar a implementação de moedas digitais oficiais. Em 27 de abril, o HKMA emitiu um documento de discussão sobre a viabilidade do lançamento de uma moeda digital do banco central (CBDC), ou seja, o e-HKD.
 
Yue disse que a HKMA estava estudando ativamente as moedas digitais do banco central, ou CBDCs, no ano passado, cobrindo o potencial de desenvolvimento e a viabilidade de um e-HKD tanto do ponto de vista técnico quanto político.
 
“Na China continental, o CBDC visa melhorar a eficiência dos sistemas de pagamento do banco central e fornecer um backup para os sistemas de pagamento de varejo operados por grandes empresas de tecnologia”,
 
disse Yue.
 
“A HKMA está explorando o e-HKD principalmente como um meio potencial para estimular a inovação em uma economia digital e ajudar a posicionar Hong Kong para possíveis desafios de novas formas de dinheiro.”
 
Na 3ª feira, 03.05.2022, Yue disse em uma reunião do Conselho Legislativo que o HKMA e o setor bancário já prepararam planos de emergência para diferentes cenários caso Hong Kong fosse afetado pelos conflitos Rússia-Ucrânia. Disse que o HKMA seria capaz de gerenciar riscos em algumas situações extremas, por exemplo, se os ativos no exterior de Hong Kong fossem congelados ou Hong Kong fosse desconectado da SWIFT.
 
e-CNY na China Continental
 
Em abril de 2020, o PBoC iniciou o teste de seu sistema de pagamento eletrônico em moeda digital (DCEP), também conhecido como yuan digital ou e-CNY, nas principais cidades, incluindo Xangai, Chengdu e Pequim. O banco central revelou que pretende substituir completamente o dinheiro físico pelo e-CNY no futuro. Até o final do ano de 2021, já foram criadas 261 milhões de cartões eletrônicos bancários que podem armazenar yuan digital.
 
Gong Liutang, professor de economia aplicada da Guanghua School of Management, da Universidade de Pequim, escreveu em um artigo, em 14.04.2022, que o lançamento do e-CNY poderia ajudar a reduzir os custos de transação e aumentar o consumo doméstico da China, bem como proteger com segurança as finanças do país.
 
“O atual sistema de pagamento transfronteiriço é uma rede global estabelecida com SWIFT e CHIPS da China como o núcleo, que tem problemas de baixa eficiência, alto custo e baixa segurança”,
 
disse Gong.
 
"Os EUA podem usar o SWIFT como uma ferramenta para sanções financeiras, restringindo empresas em países sancionados de realizar negócios transfronteiriços e ameaçando a soberania financeira de outras nações”,
 
disse ele.
 
Liu disse que o renminbi digital também ajudaria a promover o uso transfronteiriço do renminbi e aceleraria a internacionalização da moeda.
 
Ainda assim, muitos analistas de mercado disseram que a remoção de Hong Kong da SWIFT destruiria o sistema financeiro e a economia da cidade.
 
Eles disseram que se Hong Kong ou a China continental fossem impedidos de usar dólares americanos, o e-HKD ou o e-CNY não ajudariam muito a estabilizar o comércio externo e o investimento estrangeiro para os dois lugares. Yue também disse em um artigo que a aplicação prática do e-HKD ainda precisa ser examinada em Hong Kong e pode enfrentar muitos desafios e problemas técnicos.
 
 
CONFIRA a matéria na íntegra no Ásia Times.


Fonte: ASIA TIMES - Tradução, copidescagem e adaptação da Redação JF





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