Diário do Mercado na 5ª feira, 31.08.2017
Mercado resiste a realizações e fecha “de lado”
Resumo.
No último pregão do mês, o índice apresentou trajetória volátil, mas, no final, terminou próximo da estabilidade. No cenário doméstico, nenhuma notícia diferenciada que mexesse com o mercado.
No panorama externo, a inflação (PCE – núcleo) monitorada pelo Fed arrefeceu ligeiramente, conforme esperava o mercado, e ficou mais distante do alvo superior estipulado pelo órgão, dando mais força para a postergação da continuidade do aperto nos EUA.
Na esteira de um quadro internacional mais benigno, os principais mercados bursáteis na Europa também avançaram. Ademais, vale ressaltar que o minério de ferro avançou quase 4% na China e que o preço futuro do petróleo se aproximou de uma alta de 3% hoje.
Ibovespa.
O índice brasileiro denotou trajetória errática, com os setores de bancos pesando negativamente, se contrapondo as altas de Petrobras e de Vale, que evitaram uma perda maior nesta 5ª feira.
O Ibovespa encerrou em 70.835 pts, fechando o mês em alta de 7,46% e passando a acumular -0,33% na semana, +17,61% no ano e +22,34% em 12 meses.
No gráfico diário, o índice prosseguiu acumulando não distante dos 71 mil pts e, neste momento, de um modo geral, prosperamente, alguns papéis denotam iminência de ruptura altista, enquanto outros já estão em tendência ascendente.
O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 12,289 bilhões, sendo R$ 11,897 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
A Bovespa registrou ingresso de capital externo de R$ 89,784 milhões no último dia 29 de agosto, apurando agora saldo positivo de R$ 3,398 bilhões no mês. Em 2017, acumula entrada de R$ 11,395 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a taxa de desemprego, mensurada pela PNAD contínua do IBGE, registrou recuo para 12,8% na média móvel trimestral encerrada em julho, versus 13,0% no apurado até junho. O órgão citou:
“A população desocupada (13,3 milhões de pessoas) caiu 5,1% (menos 721 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e cresceu 12,5% (mais 1,5 milhão de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2016. A população ocupada (90,7 milhões de pessoas) aumentou 1,6% em relação ao trimestre anterior (mais 1,4 milhão pessoas) e não apresentou alteração em relação ao mesmo trimestre de 2016”.
Nos EUA, a inflação mediada pelo núcleo do PCE, acompanhado pelo Fed para tomada de decisão de política monetária, cedeu para 1,4% em julho, ante 1,5% em junho.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial interbancário, dado o cenário externo favorável, decaiu pouco depois da abertura dos negócios e passou a oscilar com curtas variações na parte da tarde, não distante do valor de fechamento.
A moeda findou aos R$ 3,1480 (-0,38%), acumulando agora -0,19% na semana, +0,93% no mês, -3,20% no ano e -2,42% em 12 meses.
Risco País - O CDS brasileiro de 5 anos cedeu a 196 pontos, ante 198 da véspera.
Juros.
As taxas declinaram da ponta mais curta para a mais longa, derrubando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros. Com um quadro internacional benéfico hoje, as taxas mais longas recuaram mais do que as curtas, gradativamente.
Destaques na agenda da semana.
Brasil: Taxa de desemprego, PMI Manufatura, PIB 2º trimestre, Capacidade instalada CNI e Balança comercial mensal;
EUA: PCE núcleo, Payroll (criação de vagas na economia), Desemprego, Índice de confiança Univ. Michigan e PMI manuf.;
China; PMI manuf.;
Europa: PMIs de Alemanha, França, Reino Unido e zona do euro.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 31.08.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, analista senior, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, analista, ambos da equipe do BB Investimento.
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