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Investimentos

26 de Abril de 2018 as 00:04:10



INVESTIMENTOS - FIBRIA Resultado no 1º Trimestre/2018


FIBRIA - Resultado no 1º Trimestre/2018
 
Paradas de manutenção afetam negativamente os resultados
 
 
A Fibria anunciou seus resultados do 1T18, nesta 4ª feira, 25.04, os quais, em nossa opinião, vieram levemente positivos, apesar de todos os contratempos advindos do impacto das paradas de manutenção.
 
A empresa divulgou um EBITDA forte de BRL 1.825 mm, 6,3% acima das nossas expectativas (-7,9% t/t e +183,4% a/a). A margem EBITDA ficou estável no período, em 49,4%.
 
No nosso relatório de Prévias, mencionamos que a planta Horizonte II está agora operando na totalidade desde março/18. Estávamos esperando maiores preços de celulose que poderiam compensar os menores volumes vendidos t/t no período, o que realmente aconteceu.
 
O custo caixa poderia enfrentar um forte impacto devido as paradas de manutenção em praticamente todas as plantas da empresa no trimestre. Realmente vimos um aumento de 27% comparado ao custo caixa do 4T17, que chegou a BRL 708/t. Já para os COGS, observamos uma queda de 13,1% t/t, apesar da queda de 8,7% t/t nas receitas.
 
O preço médio de celulose ficou em BRL 2.306/t, uma melhora de 8,7% t/t e 46,9% a/a. Com relação ao mercado de celulose, conforme informado em nosso relatório de prévias, os preços médios da celulose BHKP na Europa ficaram USD 1.014/t no 1T18 ante USD 952/t no 4T17 (+6.5%), refletindo os últimos aumentos de preço anunciados. Na China, em média, a BHKP ficou em USD 760/t, 3.0% acima t/t. 
 
Já para a celulose NBSK na Europa, o aumento foi de 10.9% t/t à USD 1.065/t. Os fundamentos no segmento se mantêm com a demanda na China mantendo sua tendência ascendente, respondendo às restrições sobre a fibra reciclada, impactando diretamente a busca por fibra virgem.
 
Entretanto, temos que considerar a quantidade de oferta vindo ao mercado este ano, a qual poderá limitar o poder de barganha dos fornecedores em relação aos aumentos de preços, como vimos em 2017.
 
Considerando que a maior parte desta nova oferta vem da Fibria, por meio de Horizonte II, mantemos nossa visão positiva no papel. Os fundamentos sem mantêm na esteira de 
 
(i)   forte consumo de celulose na China devido às restrições ambientais e de higiene, 
(ii)  preços internacionais crescentes, 
(iii) maior demanda com entrada de novas máquinas de papel, 
(iv) melhores condições econômicas na zona do Euro, e 
(v)  estoques de celulose estáveis na China. 
 
Entretanto, com as recentes notícias em relação à venda da Fibria para a Suzano, e a provável limitação de preço para o papel, decidimos manter nosso preço-alvo para 2018 em BRL 65,50/ação, rebaixando nossa recomendação para Market Perform.
 
Resultados consolidados. 
 
A produção total chegou à 1.588 kton no 1T18, caindo 4% t/t, impactada pelas paradas de manutenção programadas, mas parcialmente compensada por maiores volumes de HII. Na comparação anual, entretanto, houve aumento de 32%, especialmente devido aos volumes de HII. Com relação às vendas, no trimestre, houve queda de 16.1% t/t, apesar do aumento de 21,7% a/a à 1.591 kton, com o impacto da sazonalidade e menor produção no período. A receita somou BRL 3.693 mn (7,4% abaixo das estimativas do BB-BI), uma queda de 8,7% t/t, mas alta de 78.1% a/a, com preços de celulose e volumes vendidos contribuindo positivamente na comparação anual.
 
Custo-caixa impactado por menores custos diluídos com paradas de manutenção. No período, o custo caixa ficou em BRL 708.0/t, um aumento de 27% t/t em razão de 
 
(i)   paradas programadas de manutenção nas plantas A, B e C de Aracruz e Linha 1 e parcialmente Linha 2 em três Lagoas, 
(ii)  menor resultado de utilidades (venda de energia), 
(iii) custos de madeira mais altos, 
(iv)  maiores preços de químicos e energia (soda cáustica e gás natural), porém em parte compensado pelo efeito HII. O custo caixa ex-parada ficou em BRL 626/t (+14,7% t/t e -7,9% a/a). 
 
Não obstante, a empresa conseguiu trazer um EBITDA ajustado forte que, no período, somou BRL 1.825 mn, 6,3% acima das nossas estimativas (-7,9% t/t e +183,4% a/a). Este desempenho foi principalmente resultado de menores volumes de vendas no período, mas beneficiado por maiores preços realizados. A margem EBITDA ficou em 49,4%, 1,0 p.p. acima do trimestre passado e +0,6 p.p. acima do mesmo período do ano passado.
 
Resultado Financeiro e Alavancagem. 
 
Esperávamos um resultado financeiro negativo de BRL 88 milhões; entretanto, houve no trimestre um impacto negativo de BRL 58 milhões de variação cambial e BRL 154 milhões de operações de hedge.
 
No final, o resultado financeiro fechou em negativos BRL 270 milhões. O lucro líquido, por sua vez, ficou positivo em BRL 615 milhões (estimativas BB-BI: BRL 626 milhões).
 
Com relação ao endividamento, a dívida bruta somou BRL 18.922 milhões no período, -2.0% t/t e +3,2% a/a, ao passo que a dívida líquida se manteve em BRL 12,331 milhões, estável t/t e +8,5 a/a.
 
O índice dívida líquida/EBITDA fechou o trimestre em 2,08x em USD, contra 2,41x no 4T17 e 2,02x em BRL, contra 2,49x no 4T17;
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do resultado da FIBRIA no 1º trimestre de 2018, elaborado por GABRIELA E. CORTES, analista senior do BB Investimentos.
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GABRIELA E. CORTES, analista senior do BB Investimentos.





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