Diário de Mercadona 3ª feira, 09.06.2020
Ibovespa tem dia de realizações, acompanhando o exterior
Comentário
O índice brasileiro apresentou um pregão de realizações, após sete elevações consecutivas, colando sua trajetória no índice S&P500. Sem agenda no dia mais relevante, a cautela dos investidores foi justificada não somente pelas recentes elevações, mas por ser véspera da decisão do Fomc sobre juros.
Os agentes não esperam mudança da taxa no atual intervalo entre 0,00% e 0,25% pelo órgão norte-americano, mas estarão monitorando as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, após a decisão e a divulgação do comunicado pelo comitê.
Já no Brasil, na manhã desta 4ª feira será divulgado o IPCA de maio, com o consenso das projeções dos analistas indicando que a deflação deverá ser maior do que a do mês de abril (-0,31%), levando a taxa de inflação acumulada em 12 meses para seu piso histórico e abaixo de 2,00% e mantendo espaço para afrouxamento da política monetária pelo Banco Central.
Os índices acionários nos EUA e os principais na Europa tiveram baixas, com exceção do índice de tecnologia Nasdaq em Nova York, que renovou sua máxima histórica. Já os preços futuros para agosto dos barris de petróleo subiram, apoiados nas elevações das projeções das cotações pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE) para este ano e para 2021: tipo Brent fechou em US$ 41,18 (+0,93%) e o tipo WTI encerrou em US$ 39,16 (+1,90%).
O dólar comercial pausou as últimas quedas e subiu, fechando cotado a R$ 4,8880 (+0,70%). Os juros futuros curtos seguiram denotando percepções dos agentes de corte da taxa Selic.
Ibovespa.
O índice abriu cadente, já influenciado pelos futuros negativos das bolsas de Nova York. Depois da abertura do S&P500, colou literalmente sua trajetória no índice norte-americano, girando ao redor de -1,0% até o fechamento, DE modo ponderado, pesaram hoje os papéis do setor de bancos e a Petrobras.
O Ibovespa findou aos 96.746 pts (-0,92%), acumulando +2,23% na semana, +10,69% no mês, -16,34% ano e -1,10% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 31,7 bilhões, sendo R$ 28,3 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 5 de junho, a Bovespa apurou entrada líquida de R$ 682,121 milhões, acumulando R$ 3,138 bilhões no mês. Em 2020, o saldo negativo cedeu para -R$ 73,708 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-M na 1ª prévia de junho variou +1,36% ante -0,32% na 1ª prévia de maio. Assim oscilaram seus subíndices: o IPA-M em +2,06% (-0,35% na 1ª prévia de maio); o IPC-M em -0,26% (-0,46% na 1ª prévia de maio); e o INCC-M em +0,27% (+0,18% na 1ª prévia de maio). O índice acumula +4,19% no ano e +7,11% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) deu uma pausa na sequência descendente em que se encontra, A divisa terminou acompanhando seu comportamento no mercado internacional, em dia de realizações nos mercados de risco.
A moeda encerrou a R$ 4,8880 (-0,70%), acumulando -2,04% na semana, -8,43% no mês, +21,83% no ano e +26,08% em 12 meses.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) subiu a 218 pts ante 207 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros curtos terminaram recuando, com o mercado considerando a declaração de membro do Banco Central branda no dia. O mercado permanece dividido sobre a decisão do Copom, em 17 de junho próximo, entre corte de 50 pts-base ou de 75 pts-base – pendendo hoje mais para este último. Assim fecharam as taxas em relação a ontem:
DI julho/2020 em 2,48% de 2,51%;
DI outubro/2020 em 2,22% de 2,24%;
DI janeiro/2021 em 2,18% de 2,19%;
DI janeiro/2022 em 3,14% de 3,12%;
DI janeiro/2023 estável 4,22%;
DI janeiro/2025 em 5,78% de 5,77%;
DI janeiro/2027 em 6,73% de 6,71%.
Agenda. vide página 3 do anexo.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 09.06.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, do BB Invesimentos
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