Comportamento do Mercado em 22.12.2014
O Ibovespa abriu indefinido e operou a maior parte do dia em baixa, com menor volume financeiro – natural para esta época do ano. Entretanto, como os índices das bolsas de Nova York seguiam com firmes elevações e próximos a recordes históricos, embalados pela queda da aversão ao risco, o índice brasileiro avançou na hora final, terminando em alta e na máxima do dia. Os aumentos dos ganhos da Petrobras e a reviravolta positiva do setor de bancos apoiaram a trajetória doméstica positiva.
No índice, os setores com melhores performances foram: Petróleo/Petroquímico; Consumo; Bancos; e Infraestrutura.
Destaques individuais positivos ponderados para: PETR4 (R$10,32; 4,98%; giro de R$524 milhões); PETR3 (R$9,91; 4,98%; giro de R$141 milhões); ABEV3 (R$16,35; 2,51%; giro de R$108 milhões); ITUB4 (R$35,04; 0,69%; giro de R$268 milhões); BBDC4 (R$35,90; 0,84%; giro de R$220 milhões); CMIG4 (R$12,70; 4,61%; giro de R$50 milhões); BVMF3 (R$9,66; 2,44%; giro de R$72 milhões); UGPA3 (R$51,90; 2,43%; giro de R$45 milhões); KROT3 (R$16,36; 1,3%; giro de R$72 milhões); BRML3 (R$16,25; 2,98%; giro de R$23 milhões);
O índice doméstico fechou aos 50.120 pts (+0,95%), acumulando -8,41% no mês, -2,69% no ano e -2,08% em 12 meses. O giro da Bovespa foi de R$4,51 bilhões (R$4,25 bi no mercado à vista) e o volume do Ibovespa foi de R$3,67 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira teve entrada de capital externo de R$57 milhões no último dia 18 de dezembro, tendo saldo negativo de R$3,243 bilhões no mês (-R$967,101 milhões em outubro; +R$4,225 bi em setembro; +R$1,917 bi em agosto; +R$3,482 bi em julho; +R$1,374 bi em junho; +R$5,321 bi em maio; +R$1,936 bi em abril; e +R$2,944 bilhões em março), bem como, acumulando R$19,321 bilhões em 2014.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,6620 (+0,23%), acumulando +3,70% no mês, +12,99% no ano e +11,80% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas caíram, apoiadas em um melhor humor externo por conta da queda da aversão ao risco. Destacadamente, as baixas foram maiores na ponta mais longa, a partir do DI outubro/16.
Indicadores.
No Brasil, na noite se sexta-feira (19), o CMN Conselho Monetário Nacional elevou a TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo a 5,50% a.a., válida para o primeiro trimestre de 2015, ante 5,00% a.a. do quarto trimestre deste ano – patamar em que se encontrava desde janeiro de 2013.
A Receita Federal informou que a arrecadação de impostos do Governo foi de R$104,470 bilhões em novembro, passando a acumular R$1,073 trilhão em 2014.
A balança comercial apresentou déficit de US$1,339 bilhão na terceira semana de dezembro, com exportações de US$4,131 bilhões e importações de US$5,470 bilhões, passando a acumular saldos negativos em dezembro de US$561 milhões (US$12,719 bilhões de exportações e US$13,280 bilhões de importações) e no ano de US$4,784 bilhões (US$220,329 bilhões de exportações e US$225,113 bilhões de importações).
Nos EUA, as vendas de casas usadas caíram 6,1% em novembro, para 4,93 milhões de unidades, versus +1,4% (revisto de +1,5%) em outubro – consenso em -1,1%.
Agenda da semana.
No Brasil, dados do setor de crédito de novembro, coleta de impostos e balança comercial (22.12), confiança do consumidor / FGV, relatório trimestral de inflação (BC) e dívida federal total (23.12) e resultado primário do governo central (26.12);
nos EUA, índice atividade Fed Chicago, vendas de casas usadas (22.12), pedidos de bens duráveis, parcial do PIB 3T14, consumo pessoal, confiança do consumidor da Univ. de Michigan, índice de manufatura do Fed de Richmond, vendas de casas novas, renda e gastos pessoais, PCE (núcleo) (24.12), dados de seguro-desemprego (24.12);
na França, PIB 3T14 (final) (23.12);
no Reino Unido, PIB 2T14 (final) (23.12);
no Japão, taxa de desemprego, IPC nacional A/A, vendas a varejo e produção industrial (25.12);
e na China, Lucros industriais (26.12).
Confira no anexo o relatório na íntegra sobre o comportamento do mercado em 22.12.2014, assinado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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