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Internacional

25 de Março de 2018 as 17:03:53



AMÉRICA LATINA - Ambiente externo mais turbulento, mas ainda benigno


 
Ambiente externo mais turbulento, mas ainda benigno
 
• A volatilidade nos mercados externos aumentou recentemente, mas os preços dos ativos latino-americanos, de maneira geral, estão mantendo uma boa performance.
 
• A recuperação da atividade na região ainda não é disseminada. Reduzimos nossas projeções de crescimento para Argentina e México, mas antecipamos agora um crescimento maior no Chile.
 
• A maioria dos ciclos de política monetária na América do Sul está chegando ao fim, em razão do nível já expansionista das taxas de juro real e da recuperação da atividade. No México, não esperamos novos aumentos nas taxas de juros, mas a incerteza sobre o cenário macro continua alta.
 
A volatilidade nos mercados externos aumentou recentemente, mas os preços dos ativos latino-americanos, de maneira geral, estão mantendo uma boa performance. De fato, ao fim de fevereiro, a maioria das moedas da América Latina registravam pequenos ganhos em relação ao dólar (em comparação ao início de 2018), com os spreads soberanos estáveis.
 
A exceção foi a Argentina, onde as incertezas em torno da política monetária e a deterioração das contas externas estão afetando negativamente os preços de seus ativos.
 
Para a maioria das moedas que cobrimos, esperamos alguma depreciação em relação ao dólar, à medida que a normalização da política monetária nos EUA continua e os preços das commodities mostram alguma moderação.
 
Apesar do crescimento mais forte e mais sincronizado nas economias desenvolvidas, a recuperação da atividade na região ainda não é disseminada. No Chile, a economia está se recuperando mais rapidamente do que esperávamos anteriormente, ajudada também pelos efeitos positivos do cenário político sobre a confiança; e, agora, esperamos um crescimento de 3,6% este ano (3,3%, anteriormente).
 
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou uma expansão fraca de 0,1% no 4T17 (em relação ao trimestre anterior), mas o crescimento subjacente (conforme indicado pela dinâmica da demanda interna) sugere que a recuperação está caminhando bem (continuamos esperando uma expansão de 3,0% este ano).
 
No Peru, em parte devido à crise política recente, o crescimento decepcionou, e os participantes do mercado estão revisando para baixo suas projeções de crescimento para este ano. Apesar de reconhecermos que o cenário político no Peru se tornou mais instável e um impeachment do presidente é possível, mantemos nossa visão de que o forte aumento nos preços das commodities metálicas provavelmente elevará o crescimento para 4,0% em 2018 (de 2,5% em 2017).
 
Na Colômbia, o crescimento também permanece fraco, mas acreditamos que isso mudará não só por conta do cenário externo, como também devido à queda recente da inflação (refletindo em grande parte o desaparecimento de choques de oferta) e aos cortes dos juros. No entanto, notamos que o cenário político na Colômbia é um risco.
 
No México, revisamos nossas projeções de crescimento para baixo (para este ano, esperamos agora 1,8%, ante 2,1% anteriormente), uma vez que o investimento enfraqueceu mais do que esperávamos, refletindo as incertezas sobre as negociações do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) e a direção que a política econômica tomará após a eleição presidencial deste ano.
 
Na Argentina, a economia enfraqueceu durante o 4T17, fato que, somado à seca que atinge o importante setor agrícola, nos levou a reduzir nossa projeção de crescimento para este ano para 2,8% (de 3,5%, em nosso cenário anterior).
 
Com exceção da Argentina, a inflação vem caindo na região, refletindo a capacidade ociosa e o fortalecimento das taxas de câmbio, e está abaixo do centro da meta em Brasil, Chile e Peru. Os dados recentes do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para México e Colômbia também foram mais benignos.
 
A maioria dos ciclos de política monetária na região está chegando ao fim. Apesar da inflação baixa, a recuperação da atividade e a política monetária já expansionista significam que cortes adicionais dos juros são improváveis no Peru e no Chile, enquanto, no Brasil, esperamos apenas um corte adicional de 0,25 ponto percentual (p.p.).
 
Na Colômbia, os dados de atividade e inflação abaixo do esperado, em meio a um déficit em conta corrente menor (uma vulnerabilidade importante da economia), reforçam nossa visão de que alguns cortes adicionais nos juros são prováveis (continuamos esperando dois cortes de 0,25 p.p. no primeiro semestre deste ano).
 
Na Argentina, a moeda mais fraca e as expectativas de inflação mais altas dificultam ainda mais o processo de desinflação, de modo que o banco central se tornou mais conservador, sinalizando que não há espaço para reduções adicionais dos juros em breve (a taxa básica de juros foi mantida inalterada em ambas as reuniões de fevereiro).
 
Se e quando a inflação retomar uma tendência de queda na Argentina, pensamos que novos cortes dos juros serão implementados, mesmo que a trajetória da desinflação não seja rápida o suficiente para atingir as novas metas de inflação.
 
Por fim, o banco central do México está preparando o terreno para uma pausa no ciclo de alta dos juros, atribuindo menor importância ao Fed, o banco central dos EUA, para suas próximas decisões.
 
Embora a incerteza sobre o cenário macro no México seja alta, nosso cenário base considera que o próximo movimento da taxa de juros será um corte, provavelmente no segundo semestre deste ano.


Fonte: ITAU BBA - Cenários





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