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Internacional

29 de Outubro de 2019 as 23:10:14



ARGENTINA Contexto Macro-Econômico. Relatório de Análise BB-BI


Argentina: Contexto Macroeconômico
 
Ao longo dos últimos anos, a Argentina vem passando por uma série de instabilidades econômicas que, entre outras consequências, levaram a uma desvalorização do peso argentino, a um descontrole da inflação e a um aumento do endividamento público.
 
O atual governo tentou implementar algumas medidas de ajuste fiscal, principalmente por meio do corte de subsídios em serviços de utilidade pública. Em 2018, um aumento da taxa de juros de longo prazo nos EUA  levou a uma desvalorização da moeda dos países emergentes.
 
Dada a fragilidade da economia, o Peso argentino foi, de longe, a moeda que mais se depreciou. A desvalorização cambial tem um impacto direto e significativo nos níveis de preço naquele país.
 
Para tentar conter a depreciação, o Banco Central elevou a taxa de juros para a casa de 60% ao ano. No entanto, tal medida não gerou o efeito esperado e o Peso continuou a se desvalorizar. Com um nível baixo de reservas internacionais, o país acabou recorrendo a um socorro financeiro do FMI com a contrapartida da adoção de uma política fiscal ainda mais austera.
 
O aumento da taxa de juros, porém, acabou levando a uma queda nos níveis de investimento e a um aumento do desemprego. Os índices de pobreza no país subiram assim a como a insatisfação da população com as políticas do governo.
 
Essa insatisfação acabou se refletindo no resultado das prévias eleitorais de agosto (PASO) que apontavam para uma vitória dos peronistas, sob a liderança de Alberto Fernández, que é contrário ao acordo firmado com o FMI.
 
O mercado reagiu de forma bastante negativa ao resultado das prévias. O risco do país, medido pelo CDS de 5 anos disparou e a cotação do dólar chegou a casa dos 60 Pesos agravando ainda mais a inflação do país.
 
Para tentar reverter o resultado das primárias, o presidente Maurício Macri tomou algumas medidas populares, como aumento de salário mínimo, bônus salariais, redução de carga tributária e intensificou a sua campanha política.
 
No entanto, mesmo conseguindo um aumento significativo de votos neste último domingo, 27.10, o resultado de cerca de 48% para seu adversário Alberto Fernández, foi o suficiente para encerrar as eleições ainda no primeiro turno. Não obstante, a quantidade de cadeiras conquistada pela chapa de Macri (“Cambiemos”), na câmara, irá obrigar o novo governo à negociação. No Senado, a chapa governista conquistou a maioria.
 
A Argentina é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, ocupando a 3ª posição individual. No entanto, a sua representatividade vem caindo e hoje representa apenas 4,5% do total de exportações do Brasil, no acumulado de 2019.
 
O setor automotivo é o principal segmento comercial entre as duas nações e os efeitos da crise foram observadas tanto no que tange a pauta de exportações quanto para a produção de veículos no Brasil.
 
Por conta disso, um aprofundamento da situação econômica argentina deverá impactar negativamente a indústria automotiva brasileira.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito preparado por HENRIQUE TOMAZ, CFA, Analista Sênior, e RICHARDI FERREIRA, CNPI, Analista, ambos integrantes do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HENRIQUE TOMAZ, CFA, Analista Sênior, e RICHARDI FERREIRA, CNPI, Analista, do BB Investimentos





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