EUA não concordam em suspender sanções e exigem que a Coreia do Norte renuncie a todo o seu arsenal atômico. Mas Pyongyang já alertou que, se os EUA não fizerem uma proposta aceitável, encontrará “uma forma alternativa”, sugerindo um possível recomeço dos testes com mísseis
O enviado especial dos EUA à Coreia do Norte pediu ao governo de Pyongyang que retome as negociações sobre desnuclearização.
"Está na hora de fazermos o nosso trabalho. Vamos tratar disto. Nós estamos aqui e vocês sabem como chegar a nós",
afirmou nesta 2ª feira, 16.12, Stephen Biegun durante uma conferência de imprensa na Coreia do Sul.
O enviado especial reuniu-se com o vice-ministro sul-coreano dos Negócios Estrangeiros, Cho Sei-young, e com o presidente Moon Jae-in numa tentativa de salvar as negociações que estão paradas desde fevereiro, quando Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un falharam em alcançar um acordo.
Naquele mês, o presidente da Coreia do Norte insistiu que as sanções norte-americanas ao seu país fossem levantadas, algo que Trump recusou. Desde então, a tensão entre os dois países tem aumentado e Kim Jong Un já ameaçou romper definitivamente as negociações.
Proposta Inaceitável
O enviado especial dos EUA disse esperar que a época natalícia “inaugure uma fase de paz”. Por outro lado, no início de dezembro, Pyongyang tinha alertado os EUA que podiam preparar-se para uma “prenda de Natal” caso não colaborassem em relação ao levantamento das sanções.
Stephen Biegun considerou as insinuações da Coreia do Norte “hostis, negativas e totalmente desnecessárias”, acrescentando que os EUA “possuem um objetivo, não um prazo”.
Os EUA exigem que a Coreia do Norte renuncie a todo o seu arsenal atômico, mas Pyongyang já alertou que, se os EUA não fizerem uma proposta aceitável, encontrará “uma forma alternativa”, sugerindo um possível recomeço dos testes com mísseis.