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Internacional

07 de Maio de 2013 as 23:05:03



OMC - Itamaraty emplaca diretoria geral com embaixador Roberto Azevedo


BRASIL NA OMC - "Vocês vão ter que me engolir"
 
Com países europeus, Japão e EUA jogando contra, a diplomacia brasileira perpetrou hoje grande feito com a eleição do diplomata brasileiro, Roberto Azevedo, para o cargo de diretor geral da OMC Organização Mundial do Comércio.
 
Azevedo deverá suceder Pascal Lamy, que cumpriu dois mandatos de quatro anos cada, o primeiro a partir de 01.09.2005 e o segundo, de 01.09.2009.
 
Foi vencido o representante do México, Hermínio Blanco, que contava apoio japonês, europeu e norteamericano,  não somente em razão da tradicional docilidade mexicana aos interesses norteamericanos, mas também por conta do histórico de vencedor de Roberto Azevedo, em litígios com países ricos na OMC. 
 
Há cerca de cinco anos como representante permanente do Brasil naquela Organização, Azevedo participou da criação da Coordenação Geral de Contenciosos do Itamaraty, que chefiou por 5 anos. Atuou como chefe da delegação brasileira em importantes litígios que o Brasil abriu e venceu na OMC, tais como o do subsídios à produção de algodão nos EUA, bem como o caso do açúcar contra a União Europeia.
 
Poucas dúvidas sobre terem sido estas as razões do desapoio dos países ricos à sua candidatura, contra o qual valeu-se do apoio dos países sul americanos, dos países de lígua portuguesa, dos países integrantes dos BRICS, entre os quais notadamente a China e países de seu entorno, respaldo suficiente para garantir-lhe a vitória.
 
Reconhecido como excelente negociador, o vencedor cumpriu exaustivo périplo por 50 países nos últimos meses, na articulação e busca de apoio à sua candidatura.
 
Além do perfil pessoal e histórico de Azevedo, a rejeição a um brasileiro poderá ter origem no fato de o País preconizar tratamento gradual para derrubar barreiras comerciais e defender papel importante aos governos na regulação do comércio, tabu que ainda se mantém, mesmo após a falência do liberalismo clássico, com a crise de 2007/8.
 
A despeito da vitória, a missão de Azevedo não será nada fácil. Ele terá pela frente o combate ao protecionismo intensificado a partir da crise econômica em curso, bem como a paralisia das negociações da Rodada de Doha. Ele terá pela frente a revitalização dos acordos multilaterias deixados de lado pelo pragmatismo econômico que trouxe a intensificação dos acordos bilaterais. 
 
O Itamaraty e a presidente Dilma Roussef atuaram intensamente, em apoio à candidatura de Roberto Azevedo, ao contrário de outras ocasiões no passado.
 
A delegação mexicana reconheceu a derrota de Hermínio Blanco e o resultado será oficialmente anunciado nesta 4ª feira, 08.05. 


Fonte: da Redação do JF





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