China envia aviões de combate para nova zona de defesa aérea
A China deslocou com urgência aviões de combate, nesta 6ª feira, 29.11, para verificar a identidade de aeronaves norte-americanas e japonesas que entraram em sua nova zona de defesa aérea, estabelecida no último sábado, 23.11. Todas as aeronaves que passarem pela área devem se identificar, apresentar o plano de voo previamente e manter contato por rádio.
Apenas 2 caças chineses versus 10 do Japão e dois dos EUA
As autoridades chinesas constataram, nos últimos dias, a presença de aviões na zona recém-estabelecida, mas informaram que têm mantido o controle. As aeronaves chinesas, que incluem pelo menos dois caças, identificaram nesta 6ª feira dois aviões de vigilância norte-americanos e dez aeronaves japonesas, incluindo um F-15.
A nova zona de identificação de defesa no Mar da China Oriental, criada sábado, inclui as Ilhas Sekaku/Diaoyu, administradas pelo Japão e reivindicadas pelos chineses.
O anúncio fez aumentar as tensões na região e, na 5ª feira, 27.11, o Japão e a Coreia do Sul anunciaram ter desrespeitado a nova zona de identificação da defesa aérea, depois de bombardeiros norte-americanos B-52 terem também entrado na zona.
Hoje, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, informou que a nova área de segurança não irá causar tensão na região.
"A zona defesa aérea no Mar da China Oriental não mira em nenhum país em específico ou alvo. É uma medida designada para exercer o direito à defesa de forma efetiva",
informou o porta-voz.
De acordo com ele, não houve quaisquer mudanças em relação aos voos na região.
"Mesmo que existam algumas disputas marítimas e territoriais entre a China e outros países, queremos resolvê-los por meios pacíficos, via negociação amigável",
disse Gang.
O Jornal Franquia se lembra:
Japão e China disputam o direito às Ilhas Senkaku/Diaoyu, na região do Oceano Pacífico conhecida como Mar da China Oriental, onde Taiwan e Coreia do Sul também reivindicam território. Reservas de recursos naturais e rivalidades históricas estão entre os motivos que mobilizam essas nações.