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Política

25 de Maio de 2016 as 11:05:44



META FISCAL - Congresso aprova projeto de orçamento com Déficit Primário de R$ 170,5 BI


Em uma sessão que durou mais de 16 horas, o Congresso Nacional aprovou nesta 4ª feira, 25.05, de madrugada,  em votação simbólica, o projeto com a revisão da meta fiscal para 2016. O texto autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.
 
“A aprovação da meta resulta em ajuste de receitas de forma real porque a receita que previa superávit de R$ 30 bilhões, que era o texto do governo anterior, era algo extremamente irreal. Estamos ajustando as receitas, ajustando as despesas e estamos retomando investimentos estratégicos para o país”,
 
disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
 
Os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Dagoberto (PDT-MS), que invocou o “momento excepcional” ao pedir a aprovação do texto.
 
“Não podemos ignorar as dificuldades financeiras que o país vem enfrentando. O momento politico requer grande esforço de todos em prol da retomada do crescimento”,
 
disse.
 
A meta fiscal, economia que o governo promete fazer para pagar a dívida pública, gira em torno da expectativa da receita arrecadada e também dos gastos. A nova meta com o déficit foi anunciada na 6ª feira, 20.05, pelo então ministro do Planejamento, Romero Jucá, e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
 
Dificuldades
 
Apesar de o texto não detalhar os cortes, do total de (-)R$ 170,5 bilhões, (-)R$ 163,9 bilhões dizem respeito ao déficit para o setor público não financeiro para o Governo Central, dos quais:
 
R$ 114 bilhões referem-se ao déficit fiscal,
R$ 21,2 bilhões de descontigenciamento de receitas;
R$ 9 bilhões para obras do PAC;
R$ 3,5 bilhões para o Ministério da Defesa;
R$ 3 bilhões para a Saúde;
R$ 13,3 bilhões para renegociação de dívidas dos estados e outras despesas.
R$ 6,554 bílhões para os estados e municípios.
 
O governo interino justificou o resultado alegando dificuldades diante da crise econômica e queda nas receitas com um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8%.
 
Também contribuiu o fato de que, caso a meta não fosse revista até o dia 30 de maio, o governo ficaria “paralisado”, uma vez que na prática teria que cortar mais despesas para cumprir a meta enviada por Dilma, com previsão de superávit de R$ 24 bilhões.
 
O valor, fixado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, passava para R$ 30,5 bilhões, considerado todo o setor público (estados e municípios também). Contudo, já em março, o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff disse que teria como cumpri-la e apresentou proposta de revisão com déficit de R$ 96,6 bilhões nas contas públicas.
 
Embate e reclamações
 
A sessão do Congresso destinada a apreciar os 24 vetos presidenciais antes da votação da meta fiscal começou as 11h da manhã de 24.05 e seguiu com governistas e oposcionistas travando uma batalha política em torno do tema. Liderados pelo PT, partidos contrários ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, como o PCdoB, PDT, PSOL e Rede, se esforçaram ao máximo para obstruir os trabalhos e prolongar a votação dos vetos. O objetivo era fazer com que a sessão acabasse sendo encerrada por falta de quórum e sem votar a meta fiscal.
 
Os parlamentares se revezavam criticando a proposta de revisão da meta de R$ 170,5 bilhões.
 
“Não é possível ampliar o déficit para 170 bilhões prevendo frustração de receita futura, isso é o paradigma da irresponsabilidade fiscal. É outro golpe! Foi golpe contra a democracia, foi golpe contra a aposentadoria, a política de salário mínimo, o Minha Casa, Minha Vida e, agora, é um golpe contra a estabilidade fiscal do país, no mesmo dia em que o ministro da Fazenda apresenta uma previsão de pedalada fiscal”,
 
disse o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA).
 
A meta proposta também foi criticada pelo deputado Silvio Costa (PTdoB-PE). Segundo ele, a aprovação do valor proposto seria passar um cheque em branco para o novo governo.
 
Outra crítica dos parlamentares de oposição foi a condução dos trabalhos para a votação da meta fiscal. Segundo eles,  Renan Calheiros, “atropelou” o regimento para conseguir a aprovação do texto.
 
“O presidente do Congresso [Renan] adotou algumas posturas diferentes das que adotava quando a oposição não era governista”,
 
reclamou o senador Humberto Costa (PT-PE), referindo-se ao fato de Calheiros ter feito a votação sem deixar que os partidos orientassem suas bancadas.


Fonte: AGENCIA BRASIL. Copidescagem da Redação JF





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