Após decisão de afastamento, Renan reúne-se com senadores
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reuniu-se com diversos senadores na residência oficial da Presidência do Senado. A reunião ocorreu após o ministro do STF Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio decidir afastar Renan da presidência do Senado, atendendo um pedido liminar feito pela Rede Sustentabilidade na manhã desta 2ª feira.
O senador Jorge Viana (PT-AC) participou da reunião. Viana é o primeiro vice-presidente do Senado e deve assumir a presidência da Casa, com o afastamento de Renan.
Em nota, Viana disse que os senadores irão aguardar a notificação oficial da decisão do ministro do STF.
"Amanhã, teremos reunião da Mesa. Certamente, conversaremos para ver as medidas adequadas que devem ser adotadas",
disse.
Estiveram também na reunião os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso; Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido no Senado; Aloysio Nunes (PSDB-SP), líder do governo no Senado; Rose de Freitas (PMDB-ES); Roberto Requião (PMDB-PR), João Alberto Sousa (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética, além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ex-presidente José Sarney.
Após a reunião, o senador Renan Calheiros afirmou, por meio de nota, que só se manifestará sobre a decisão do ministro Marco Aurélio, do STF, de afastá-lo da Presidência do Senado após conhecer oficialmente o inteiro teor da liminar.
A assessoria do parlamentar ressaltou que o senador consultará seus advogados acerca das medidas adequadas “em face da decisão contra o Senado Federal”.
“O senador Renan Calheiros lembra que o Senado nunca foi ouvido na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental e o julgamento não se concluiu”,
aponta a nota.
No mês passado, a Corte começou a julgar a ação na qual a Rede pede que o Supremo declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória da Presidência da República. Até o momento, há maioria de seis votos pelo impedimento, mas o julgamento não foi encerrado em função de um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. De acordo com a Rede, a liminar era urgente porque o recesso no Supremo começa no dia 19 de dezembro, e Renan deixará a presidência no dia 1º de fevereiro do ano que vem, quando a Corte retorna ao trabalho.