Boletim FOCUS de 27.11.2017
PIB é destaque em meio a um cenário majoritariamente otimista
No relatório semanal Focus do Banco Central, as projeções de mercado desta semana seguiram nos níveis otimistas da semana anterior, mas, o PIB esperado para 2018 surpreendeu ainda mais de modo positivo e tornou a avançar, repercutindo a promissora percepção dos agentes em relação ao Brasil.
Em suma, generalizadamente, os já favoráveis dados atuais refletiram não apenas poucas modificações nos quadros econômico e político, tanto interno, quanto externo, bem como uma semana de poucas novidades com os feriados no Brasil na 2ª feira, dia 20, e nos EUA na 5ª feira, no dia 23 - seguido pelo mercado acionário operando em meio período em Nova York por conta do Black Friday. Internamente, permanecem no radar o calendário de reformas, com as atenções plenamente voltadas para a janela apertada para uma possível aprovação da Reforma da Previdência, e também possíveis movimentos no front político, com os agentes já considerando apostas para prováveis nomes para as eleições presidenciais no ano vindouro.
Entretanto, tudo isso ocorrendo em “banho maria”, já que esta semana desencadeia a virada para dezembro, podendo o panorama transcorrer morosamente por conta das festas de final de ano, inclusive, com o congresso entrando em recesso parlamentar.
Inflação.
O cenário já está dado para 2017, com as apostas dos agentes girando em torno de 3% para este ano. Já para 2018, o patamar em torno dos 4% também vai se delineando.
Taxa Selic.
A expectativa sobre a taxa básica de juros foi mantida em seu piso histórico, de 7,00% a.a., pela décima primeira e décima semana seguida para 2017 e para 2018, respectivamente. Embora a inflação permaneça em trajetória benigna, paira entre os agentes a percepção que o patamar vislumbrado para a taxa Selic para este ano e para o próximo seja salutar do ponto de vista de sustentabilidade, evitando que o Banco Central efetue uma sequência de cortes mais profunda, sob pena de ter que futuramente tornar a elevar a taxa de juros, causando um desconforto no mercado.
Câmbio.
O dólar permanece descolado do risco-país mensurado pelo CDS Brasil de 5 anos. A divisa permanece oscilando na faixa entre os R$ 3,20 e R$ 3,30 – ainda distante das mínimas ao longo do ano de 2017 (abaixo de R$ 3,10), ao passo que o risco situa-se no piso anual – com fechamento na última sexta-feira (dia 24) em 171 pontos.
PIB.
Auspiciosamente, houve esta semana a ratificação da quebra da marca dos 2,50% na projeção do PIB para o próximo ano, que já durava desde meados de outubro, indo a 2,58%. O avanço marca um patamar superior sobre uma melhor percepção para 2018, aproximando-se dos níveis vistos no início de 2017, e dá sequência aos avanços vistos em setembro.
Síntese
O IPCA baixou a 3,06% para 2017 (de 3,09%) e recuou a 4,02% (de 4,03%) para 2018.
A taxa Selic permaneceu em 7,00% tanto para 2017, como para 2018.
O dólar se manteve em R$ 3,25 para 2017 e em R$ 3,30 para 2018.
O PIB se manteve a 0,73% para 2017 e avançou a 2,58% (de 2,50%) para 2018.
O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) cedeu a 171 pts (24/nov), versus 178 pts da semana anterior (17/nov).
Confira no anexo a íntegra do relatório analítico do Boletim Focus de 27.11.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, integrantes da equipe do BB Investimentos.
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