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Economia e Finanças

22 de Dezembro de 2017 as 03:12:06



BALANÇO DE PAGAMENTOS - Déficit de US$ 2,4 bilhões em novembro


Déficit em conta corrente de US$ 2,4 bilhões em novembro
 
O déficit em conta corrente deve terminar este ano em patamar baixo ajudado pelo bom desempenho da balança comercial
 
Julia Gottlieb,
da equipe de economistas  do ITAÚ BBA,
 
 
As transações em conta corrente registraram déficit de US$ 2,4 bilhões em novembro, acima das nossas expectativas (déficit de US$ 1,9 bilhões) e do mercado (déficit de US$ 1,8 bilhões). A surpresa veio na conta de aluguel de equipamentos e outros serviços.
 
O déficit em conta corrente deve terminar este ano em patamar baixo ajudado pelo bom desempenho da balança comercial, mas o déficit de serviços e rendas aumentou ao longo do ano. Para os próxmos anos, mantemos a nossa visão de aumento gradual do déficit em conta corrente em linha com a retomada da atividade, mas sem comprometer a sustentabilidade externa.
 
O déficit em conta corrente no mês de novembro somou US$ 2,4 bilhões, acima das nossas expectativas (déficit de US$ 1,9 bi) e do consenso do mercado (déficit de US$ 1,8 bi). Acumulado em 12 meses, o déficit em conta corrente avançou para US$ 11,3 bi ou 0,6% do PIB.
 
No ano, o déficit em conta corrente soma US$ 5,4 bi, o menor desde 2007 (quando foi registrado superávit). A média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada recuou para US$ 6,7 bi em novembro.
 
 
 
A principal contribuição positiva veio mais uma vez da balança comercial, que apresentou superávit de US$ 3,2 bilhões, abaixo dos US$ 4,5 bi registrados em novembro de 2016. Ainda assim, o saldo comercial forte ao longo do ano segue como o principal fator para a manutenção de um déficit em conta corrente baixo.
 
O déficit de serviços somou US$ 3,1 bilhões, aumentando em relação aos US$ 2,3 bi registrados em novembro de 2016. O déficit de viagens internacionais seguiu avançando (para US$ 1,1 bi ante US$ 731 mi em novembro de 2016), assim como o de transportes (para US$ 489 mi ante US$ 367 mi). O déficit de aluguel de equipamentos, depois de alguns meses de recuo, voltou a aumentar (déficit de US$ 1,5 bi contra US$ 1,4 bi em novembro de 2016). Na comparação mensal, o déficit de serviços aumentou 26,6% depois de dois meses consecutivos de queda.
 
O déficit de rendas, por sua vez, foi de US$ 2,6 bi, um recuo em relação aos US$ 3,2 bi observados no mesmo mês do ano passado. O pagamento de juros somou US$ 1,1 bi (ante US$ 1,4 bi em 2016). Vale notar, no entanto, que o perfil de despesa de juros divulgado mensalmente pelo BC foi reduzido para 2017 e 2018, colocando algum viés de baixa para nossa projeção de déficit em conta corrente nos dois anos. O déficit de lucros e dividendos também recuou e somou US$ 1,6 bi este mês, ante US$ 1,8 bi em novembro de 2016. Na comparação mensal, o déficit de rendas avançou 14,5%, com ajuste sazonal.
 
O déficit de serviços e rendas aumentou 9,3% de janeiro a novembro de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 66,9 bi ante US$ 61,2 bi)
 
Na conta financeira, o investimento direto no país (IDP) somou US$ 5,0 bi, acima das nossas estimativas (US$ 4,0 bi) e do consenso de mercado (US$ 4,3 bi). Do IDP total, 91% veio na forma de participação no capital. Acumulado em 12 meses, o IDP segue estável em torno de US$ 80 bi. Dados preliminares divulgados pelo Banco Central mostram IDP US$ 4,6 bi até o dia 18 de dezembro.
 
O investimento estrangeiro no mercado local de capitais foi positivo em US$ 592 mi. Foram registradas entradas de US$ 692 mi no mercado local de renda fixa e saídas de US$ 100 mi do mercado local de ações. O investimento estrangeiro no mercado local de capitais acumulado em 12 meses passou a mostrar entradas (de US$ 2,5 bi), o que não acontecia desde março de 2016. Dados preliminares divulgados pelo Banco Central (até dia 18 de dezembro), no entanto, mostram saídas de US$ 334 mi do mercado de ações e de US$ 2118 mi do mercado de renda fixa.  
 
 
 
As reservas internacionais terminaram novembro em US$ 381,1 bi pelos conceitos liquidez e caixa. O posicionamento do Banco Central em linhas com recompra encontra-se zerado.
 
O forte superávit comercial ao longo de 2017 tem ajudado a manter o déficit em conta corrente em patamares baixos. Esperamos, no entanto, que a combinação de alguma recuperação da demanda doméstica e preços de commodities (em média) mais baixos resultem em números mais fracos ao longo dos próximos anos. Os dados de novembro e parciais de dezembro já apontam nesta direção.
 
Do lado do financiamento o investimento direto no país permanece resiliente e em torno dos US$ 80 bi ao longo de todo o ano, cobrindo com folga o déficit em conta corrente. Os fluxos de investimento em carteira (renda fixa e ações), que passaram boa parte do ano em território negativo, voltaram a mostrar entrada no acumulado em doze meses.
 
 
 
 
Julia Gottlieb,
da equipe de economistas  do ITAÚ BBA, 
 
 
Confira no anexo o texto original
Clique AQUI para acessar o endereço do Itaú BBA - Análises Econômicas
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: site do ITAÚ BBA





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