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Economia e Finanças

12 de Abril de 2019 as 01:04:49



SIDERURGIA E MINERAÇÃO Relatório Setorial de Desempenho - Março/2019


Siderurgia e Mineração  -  Relatório Mensal de Desempenho
 
Março: preços de MF em níveis elevados; aumento de preços de aço anunciados
 
Março foi um mês positivo no mercado de ações para a maioria das empresas do setor, em razão de
 
(i)     maiores preços de MF no período,
(ii)    os anúncios de aumentos de preços de aço pelas siderúrgicas,
(iii)   os avanços no imbróglio Trump-Xi e
(iv)   a visão mais otimista com relação as reformas.
 
Assim, enquanto o Ibovespa ficou estável m/m, observamos CSNA3 e VALE3 apreciando 24,2% e 8,1%, respectivamente, quando comparadas ao mês anterior.
 
No mês passado, o mercado começou a sentir os impactos de menores embarques chegando aos portos chineses. As exportações de MF somaram 22,1 Mt, queda de 23% m/m (-26% a/a). Os preços do MF62 devolveram a leve queda ocorrida no meio do mês e fecharam março em US$ 85,7/t, contra uma média de US$ 83,9/t em fevereiro. 
 
O anúncio do fechamento de mais duas minas da Vale, Timbopeba e Alegria, somado aos anúncios de restrição de oferta das mineradoras australianas (BHP e Rio Tinto) devido a ciclones na região contribuíram para este movimento ascendente dos preços.
 
Os estoques de MF na China ficaram em 131,7 Mt, 1.62% acima do fim de fevereiro, após um pico de 143,5 Mt no dia 08 de março. Talvez vejamos um movimento de consumo de estoques a partir de agora, com o encolhimento da oferta. Já para as taxas de frete, de Tubarão (BZ) a Qingdao (CH) os valores ficaram em US$ 12.0/t, queda de 6,3% m/m. 
 
No que tange metais básicos, os preços de alumínio, níquel e cobre ficaram estáveis m/m, porém os estoques apresentaram movimentos contrários, com alumínio e níquel caindo 7,4% m/m e 7,3% m/m, enquanto os de cobre avançaram 31.2% m/m.
 
De acordo com a WSA¹, a produção mundial de aço bruto totalizou 137.3 Mt em fevereiro (dados mais recentes), 8,7% abaixo m/m e alta de 4,1% a/a. A produção chinesa somou 71 Mt, caindo 9,7% m/m, porém aumentando 9,3% sobre o mesmo período do ano anterior. Já no Brasil, a produção somou 2,7 Mt, decrescendo 9,2% comparado a jan/19 e queda de 1,9% a/a. 
 
Do lado positivo, o PMI manufatura na China ultrapassou a barreira dos 50 pts, ficando em 50,5 pts, com rumores de que um acordo entre China e EUA possa ser definido. E por falar em EUA, o payroll de março criou 196k vagas, acima do consenso de 177k. 
 
Entretanto,  o salário médio por hora trabalhada desapontou o mercado. A taxa de desemprego ficou estável em 3,8% no período. O ISM nos EUA subiu para 55 pts, melhorando levemente m/m amparado pelos efeitos Trump-Xi. Com relação aos preços de aço, os dados vieram mistos, com preços avançando na China, porém caindo nos EUA.
 
Em relação ao Brasil, o relatório do IABR² mostrou um 2019 mais fraco que 2018. Apesar da estabilidade no ano na produção de aço bruto (+0,4% a/a), a produção de aços planos e longos caiu 4,9% a/a e 6,3% a/a, respectivamente. As vendas no MI também foram negativas, retraindo 0,5% a/a (planos) e 1,4% a/a (longos). 
 
Dada a demora em endereçar importantes tópicos na economia para impulsionar investimentos, a aguardada retomada no MI tem levado mais tempo que o esperado e influenciando negativamente o desempenho das siderúrgicas brasileiras, que ainda precisam lidar com ameaças de importações e a alta nos custos de matérias-primas.
 
Outlook.
 
Para abril, acreditamos que possa haver mais aumentos de preços de MF, após o real efeito de menores embarques chegando na China. No segmento de aço, os aumentos de preços anunciado no mês passado deverão ser implementados agora, ajudando a reduzir as pressões nas margens das siderúrgicas.
 
A demanda não deve apresentar grandes avanços no curto-prazo; ao menos não antes de termos melhores sinais de fatores pendentes, tais quais China vs EUA, BREXIT e, no mercado doméstico, a reforma da previdência.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório preparado por GABRIELA E. CORTEZ,  Analista Sênior, e Catherine Kiselar, Analista, ambas do BB Investimentos
 
1 WSA – Associação Mundial do Aço;
² IABr – Instituto Brasileiro do Aço

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GABRIELA E. CORTEZ, Analista Sênior, e Catherine Kiselar, Analista, ambas do BB Investimentos

 
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