Diário do Mercado na 5ª feira, 27.06.2019
Ibovespa se recupera de queda e fecha estável
Comentário.
Após apresentar perdas desde a abertura até o meio da tarde, ante o atraso no cronograma da reforma da Previdência, o Ibovespa respondeu positivamente à fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que garantiu a investidores a votação da reforma em plenário ainda antes do recesso. À vista disso, o índice encerrou estável, aos 100.723 pts (+0,04%).
Houve também reversão nos mercados de câmbio e juros. O dólar encerrou valendo R$ 3,83 (-0,4%), ao passo que os principais contratos de juros futuros fecharam estáveis ou com ligeiro viés de baixa.
No exterior, as bolsas de NY interromperam quedas recentes com a expectativa de que o encontro entre Trump e Xi Jinping no G20, neste final de semana, possa gerar progressos no acordo sobre o impasse comercial.
Ibovespa.
O principal índice doméstico navegou em terreno negativo durante a maior parte da sessão, perdendo os 100 mil pts na mínima intradiária, quando recuava mais de 1%.
No final da tarde, entretanto, recuperou-se e fechou estável, em meio ao otimismo de figuras importantes em relação ao cronograma da reforma da Previdência. Dentre as altas, B3 e GPA lideraram os ganhos. Na outra ponta, Petrobras e Itaú registraram firmes recuos.
O Ibovespa encerrou em 100.723 pts (+0,04%), acumulando +3,81% no mês, +14,61% no ano e +42,65% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,4 bilhões, sendo R$ 13,9 bilhões no mercado à vista.
Capital Externo na Bolsa
No dia 25 de junho (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 592,2 milhões na Bolsa, elevando o saldo positivo do mês de junho para R$ 1,0 bilhão. O saldo acumulado em 2019 está negativo em R$ 2,6 bilhões.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana apresentou leve recuo frente ao real e comportamento misto ante uma cesta com as principais moedas globais.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,8330 (-0,36%), acumulando -2,34% no mês, -1,08% no ano e -1,03% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil passou de 152 pts para 151 pts.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular próximos da estabilidade ou em ligeira queda, com o mercado assimilando expectativas de aprovação da reforma da Previdência.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2020 estável em 6,03%; DI janeiro/2021 em 5,93% de 5,97%; DI janeiro/2023 em 6,73% de 6,75%; DI janeiro/2025 estável em 7,24%; e DI janeiro/2027 estável em 7,57%.
Agenda Econômica.
No Brasil, foram abertas 32.140 vagas de emprego com carteira assinada em maio, abaixo do consenso que projetava a criação de 65.550 vagas. No ano, foram geradas 351.063 vagas formais e 474.299 em 12 meses.
A economia norte-americana cresceu 3,1% no primeiro trimestre de 2019, taxa anualizada. O resultado veio ligeiramente abaixo das expectativas de mercado, que esperava um crescimento de 3,2%.
Para sexta-feira.
Brasil: Taxa de desemprego e coeficiente da dívida/PIB.
EUA: Deflator do PIB.
Reino Unido: PIB.
Japão: Taxa de desemprego e produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 27.06.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RENATO ODO, CNPI-P, ambos do BB Investimentos.
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