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Economia e Finanças

15 de Fevereiro de 2020 as 02:02:22



MARKET UPDATE Câmbio Juros Varejo Serviços e Atividade Econômica


MARKET UPDATE
Câmbio, Juros, Varejo Serviços e Atividade Econômica
14.02.2020
 
Cenário Doméstico
 
*  Câmbio
 
O clima de incerteza provocado pelo coronavírus no exterior, aliado à queda dos juros e dados mais fracos de atividade econômica domesticamente, vem contribuindo para a forte desvalorização do câmbio
 
A preocupação em torno da desaceleração global, em especial da economia chinesa após o impacto do coronavírus, vem elevando a aversão a riscos no cenário externo.
 
Aqui no Brasil, a queda dos juros - que reduz a atratividade do país em relação a outros pares emergentes - e os dados mais fracos de atividade econômica registrados nos últimos meses de 2019, intensificaram a desvalorização do câmbio e contribuíram para que a moeda brasileira apresentasse o pior desempenho, em relação ao dólar, considerando uma cesta composta por 31 moedas das principais economias. 
 
A moeda norteamericana bateu novamente o recorde nominal alcançando o patamar de R$ 4,38. Após a intervenção do Banco Central, no entanto, a moeda voltou a cair encerrando o último pregão cotada a R$ 4,30
 
* Juros
 
A ata da última reunião do Copom, divulgada pelo BC, trouxe um detalhamento quanto aos fatores que levaram a redução adicional dos juros em 0,25 p.p.
 
Nível de ociosidade pesou no corte 
 
O Banco Central divulgou a Ata da última reunião \do Copom que decidiu, de forma unânime, pela redução da taxa Selic em 0,25 p.p. No documento, o BC reiterou que os dados mais recentes da atividade econômica sugerem a continuidade do processo de recuperação gradual da economia.
 
Na avaliação dos membros do comitê, há uma dicotomia entre a evolução do mercado trabalho, que vem apresentando uma recuperação gradual, e o crescimento da produção de bens e serviços, cujo o desempenho está abaixo do esperado.
 
Alguns membros refletiram sobre uma possível superestimação do nível de ociosidade da economia com o argumento de que a longa duração da recessão teria produzido restrições de oferta. 
 
Outros membros, no entanto, entendem que a própria dinâmica dos núcleos de inflação sinaliza que a ociosidade dos fatores de produção ainda é  elevada.
 
* Juros
 
Nos cenários do Banco Central, não há expectativa de inflação acima da meta mas, dada a incerteza quanto a um possível exagero no estímulo monetário, a sinalização em relação aos próximos passos foi de cautela
 
A expectativa é de manutenção da Selic ao longo dos próximos meses
 
Nos cenários construídos pelo BCB para o horizonte relevante da política monetária, considerando o câmbio constante a R$ 4,25 e Selic projetada pela pesquisa Focus, a inflação fica abaixo da meta em 2020 e bem próxima da meta em 2021.
 
O Comitê entende que este cenário mais benigno de inflação, combinado com o alto grau de ociosidade na economia, prescreve uma política monetária estimulativa o que fundamentaria o corte adicional de 0,25 p.p. Em relação aos próximos passos da política monetária, o Copom avalia que, dada a defasagem do estímulo monetário e considerando as incertezas quanto ao atual grau de ociosidade, à velocidade de recuperação da economia e ao aumento da potência da política monetária, uma postura mais cautelosa seria fundamental no momento.
 
Dada esta sinalização em relação ao encerramento do ciclo de cortes, entendemos que a Selic deve permanecer no patamar de 4,25% a.a., pelo menos, até o final do primeiro semestre de 2021.
 
* Varejo
 
A pesquisa mensal do comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, mostrou uma queda no volume de vendas no varejo no mês de dezembro. No acumulado de 2019, porém, o saldo foi positivo 
 
Vendas do varejo caem no último mês de 2019
 
Em dezembro, o volume de vendas no varejo apresentou uma retração de 0,1% em relação à novembro, na série com ajuste sazonal. Este resultado interrompe uma sequência de 7 altas consecutivas no indicador. Já no varejo ampliado - que considera as vendas de veículos, autopeças e materiais de construção - a queda foi de 0,8%. 
 
Apesar do resultado negativo em dezembro, ambos indicadores encerraram o ano de 2019 com crescimento: varejo restrito (1,8%) e varejo ampliado (3,9%).
 
Considerando o indicador restrito, a queda foi puxada pela retração nas vendas em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%). Já no indicador ampliado, o recuo de 4,0% nas vendas de Veículos, motos, partes e peças pesou no resultado.
 
Serviços
 
A pesquisa mensal de serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, registrou uma nova queda no volume de serviços em dezembro
 
Volume de serviços tem nova retração
 
Em dezembro, o volume de serviços apresentou uma variação de -0,4% contra novembro, na série com ajuste sazonal. Esta foi a segunda queda consecutiva no indicador que encerrou o período de janeiro a dezembro de 2019 com uma alta acumulada de 1,0% em relação ao mesmo período de 2018.
 
Três das cinco atividade pesquisadas apresentaram queda no mês, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,5%). Setor este que também apresentou o pior resultado do ano, com uma queda acumulada de 2,5%. O setor de serviços tem um peso bastante relevante na composição do PIB e a queda no último mês do ano acende o sinal de alerta quanto à velocidade de recuperação da atividade econômica.
 
Atividade Econômica
 
O IBC-Br , divulgado pelo Banco Central, apresentou uma queda de 0,27% em dezembro. Com este resultado, a prévia do PIB aponta para um crescimento de 0,89% em 2019
 
Prévia do PIB aponta para um crescimento de 0,89% em 2019
 
IBC-Br Indice de Atividade Econômica do Banco Central apresentou uma variação negativa de 0,27% na passagem de novembro para dezembro, em linha com a expectativa do mercado cuja mediana estava em -0,30%, considerando a série com ajuste sazonal. 
 
Com o resultado de dezembro, o indicador, que é considerado uma prévia do PIB, acumulou uma alta de 0,89% em 2019. 
 
A divulgação dos números oficiais do PIB esta prevista para o próximo dia 04/03.
 
Nossa estimativa e crescimento para o 4º trimestre é de 0,4% (T/T) e 1,6% (A/A) o que levaria o crescimento do PIB em 2019 para casa de 1,1%.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório preparado por RICHARDI FERREIRA E HENRIQUE TOMAZ, CFA, ambos integrantes do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RICHARDI FERREIRA e HENRIQUE TOMAZ, CFA, ambos integrantes do BB Investimentos





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