Presidente da Eletrobras renuncia ao cargo
Mas permanece até março para garantir "transição adequada". A Eletrobras fará teleconferência aos investidores, nesta 2ª feira às 15h, para trazer esclarecimentos
Designado à tarefa de conduzir e preparar a Eletrobras para a privatização, desde 2016, o presidente da Empresa, Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo por declarados motivos pessoais, segundo informações divulgadas no domingo, 24.01, pela própria empresa estatal.
Ele ocupa o cargo desde julho de 2016 e continuará no posto até 05.03 próximo para garantir uma transição adequada para seu sucessor.
Eis a nota distribuída pela Eletrobras:
“A Companhia aproveita o ensejo para agradecer ao Wilson por sua reconhecida liderança na reestruturação organizacional e financeira do Sistema Eletrobras durante seu mandato de cerca de 4,5 anos. Sob sua gestão, a Companhia atingiu lucros históricos, reduziu sua alavancagem a patamares compatíveis com a geração de caixa, reduziu custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência, colocou em operação obras atrasadas, simplificou a quantidade de participações acionárias com a venda, incorporação e encerramento em cerca de 90 sociedades de propósito específico, aprimorou seu Programa de Compliance, padronizou estatutos sociais e alçadas de aprovação das Empresas Eletrobras”.
A informação foi comunicada à CVM Comissão de Valores Mobiliários, , neste domingo, 24.01, por meio de informativo de Fato Relevante.
A renúncia de Wilson Ferreira Júnior acontece poucos dias após declaração do candidato à presidência do Senado, apoiado pelo governo B-17, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Em 21.01, Pacheco afirmou que a privatização da Eletrobras não será o foco de sua eventual gestão.
O mercado financeiro reagiu negativamente a essa declaração. As ações ELET6 da Empresa, na bolsa brasileira B3, fecharam em queda de 6,15% na 5ª feira, a R$ 31,43/cada, totalizando queda de 15,05% no mês de janeiro/2021.
A despeito disso, o BB-BI, até as 10h45 desta 2ª feira, 25.01, apontava um potencial de valorização de 59,62% para essas ações, para R$ 50,17, até 31.12.2021. O Bradesco BBI, por sua vez, cortou para "neutra" sua orientação a respeito da Eletrobras.