Dólar sobe para R$ 5,18 e fecha no maior valor em quatro meses
Bolsa estável, apesar de instabilidades na Petrobras
Em um dia de turbulências domésticas e externas, o dólar aproximou-se de R$ 5,20 e fechou na maior cotação em quatro meses. A bolsa de valores chegou a cair 1,42% durante a manhã, mas recuperou-se ao longo do dia e encerrou com estabilidade.
Dólar
O dólar comercial encerrou esta 2ª feira, 20.06, vendido a R$ 5,186, com alta de R$ 0,42 (+0,81%). Este é o valor mais alto desde 14 de fevereiro, quando a divisa tinha encerrado em R$ 5,21. A moeda chegou a operar estável na maior parte do dia, mas o pessimismo no mercado internacional nas horas finais de negociação empurrou a cotação para cima.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 9,11% somente em junho. Em 2022, a divisa registra queda de 6,99%.
Ibovespa e bolsa B3
O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 99.853 pontos, com alta de apenas 0,03%. As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa brasileira, tiveram a comercialização suspensa duas vezes, após a renúncia do presidente da estatal. Os papéis, no entanto, recuperaram-se durante o dia.
As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) da Petrobras fecharam o dia com alta de 0,87%. Os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) tiveram ganhos de 1,14%. Durante a manhã, as ações da petroleira chegaram a cair 3%, logo após o anúncio da troca de comando da estatal.
Mercado Externo
Além das turbulências na Petrobras, o mercado externo também enfrentou um dia de oscilações. O dólar subiu diante das moedas de países emergentes, ainda refletindo o aumento de 0,75 ponto percentual dos juros básicos nos EUA, decidido na última 4ª feira, 15.06, pelo Fed Federal Reserve. Taxas mais altas em economias avançadas provocam fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.