Em curso, estratégia de viabilização da reeleição de Bolsonaro
De olho nas eleições presidenciais e ainda em apoio ao candidato fascista, o mercado financeiro reduz fantasiosamente sua projeção de inflação para 2022, enquanto o Copom sobe ainda mais a taxa Selic nesta semana, contrariando a falsa perspectiva otimista do mercado financeiro, mas intensificando a usurpação de recursos do Estado Brasileiro em prol de bancos e classe rentista, no apagar das luzes da desastrosa gestão ultra-liberal e antinacional do País
A previsão do mercado financeiro para o IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do País, caiu de 7,30% para 7,15% em 2022. É a 5ª redução consecutiva da projeção.
A estimativa está no Boletim Focus desta 2ª feira, 01.08, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos, taxa de inflação, juros Selic, crescimento do PIB e taxa de câmbio.
Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5,33%. Para 2024 e 2025, as previsões são de 3,3% e 3%, respectivamente.
Ainda acima da meta de inflação
A previsão para 2022 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Em junho, a inflação subiu 0,67%, após a variação de 0,47% registrada em maio. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 5,49%, no ano, e 11,89%, em 12 meses.
Os dados de julho devem ser divulgados pelo IBGE no próximo dia 9, mas o IPCA-15 Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo–15, a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,13% no mês passado, menor que a de junho (0,69%).
Selic subirá para 13,75%
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Copom Comitê de Política Monetária. Para a próxima reunião do órgão, que acontece na 3ª, 02.08, e 4ª feira, 03.08, o Copom já sinalizou que pode elevar a Selic em mais 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que o Copom encerre o ano com a Selic nesse patamar. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11% ao ano. E para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.
PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC elevaram de 1,93% para 1,97% a projeção para o crescimento da economia brasileira em 2022.
Para 2023, a expectativa para o PIB Produto Interno Bruto é de crescimento de 0,4%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana também fique nesse mesmo patamar.
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