No Rio, bancários fazem piquetes e pedem adesão à greve
Agências bancárias de todo o país amanheceram em greve nesta 3ª feira, 30.09, por tempo indeterminado, após decisão tomada em assembleias realizadas pelos sindicatos da categoria na noite de 2ª feira.
Os sindicalistas rejeitaram a proposta realizada pela FENABAN Federação Nacional dos Bancos, que prevê aumento de 7,35% nos salários. No Rio de Janeiro, funcionários fizeram piquetes, impedindo a entrada de funcionários nos bancos, com o objetivo de conseguir adesão à greve.
O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Paulo César Matileti, criticou a postura da Fenaban.
“Os banqueiros não respeitam os trabalhadores, então tivemos que decidir pela greve. A federação se negou a apresentar uma proposta que atendesse às reivindicações dos bancários: ofereceu um aumento bem abaixo do que pedimos e nem se pronunciou em relação às questões não-econômicas. Precisamos de melhores condições de trabalho”,
disse.
O presidente do Sindicato dos Lojistas do Rio (Sindilojas), Aldo Gonçalves, afirma que a greve pode afetar o comércio.
“As pessoas tendem a gastar menos e a priorizar as compras mais urgentes, com a greve dos bancos. Isso certamente faz com que as vendas caiam e prejudicam os comerciantes”,
acredita.
Entre as principais reivindicações dos bancários está o reajuste salarial de 12,5%, fim das metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, manutenção dos planos de saúde na aposentadoria, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários e prevenção contra assaltos e sequestros.
A proposta da FENABAN oferece reajuste de 7,35% a ser aplicado nos salários, de 8% para o piso da categoria, podendo chegar a R$ 2.403 para o caixa, com jornada de 6 horas por dia, após 90 dias de emprego. Nos dois casos, de acordo com a Fenaban, está assegurado novo aumento real - acima da inflação.