Paulo Guedes dá com a língua nos dentes e ações da Petrobras disparam
Num dia de ajustes no mercado após as turbulências da última semana, o dólar caiu e a bolsa recuperou-se. Além do movimento de alívio temporário no cenário nacional, o mercado internacional contribuiu, com as moedas dos principais países emergentes recuperando-se.
Dólar
O dólar comercial encerrou esta 2ª feira, 25.10, vendido a R$ 5,556, com recuo de R$ 0,072 (-1,27%). A cotação chegou a operar em alta nos primeiros minutos de negociação, mas reverteu a tendência e passou a cair antes das 10h. Na mínima do dia, por volta das 16h, chegou a R$ 5,54.
Essa foi a segunda queda consecutiva da moeda norte-americana, que chegou a R$ 5,66 na 5ª feira, 21.10, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmar que o governo pretende financiar parte do Auxílio Brasil com recursos que extrapolam o teto federal de gastos. A divisa caiu na 6ª feira, 22.10, após pronunciamento conjunto de Guedes e do presidente Jair Bolsonaro.
Ibovespa e bolsa B3
No mercado de ações, a bolsa de valores recuperou-se. Após ter atingido, na 6ª feira, o menor nível desde novembro do ano passado, o índice Ibovespa fechou esta 2ª feira aos 108.715 pontos, com alta de 2,28%.
Os destaques foram as ações da Petrobras. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) subiram 6,13%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 6,84%.
No mercado de câmbio, prevaleceu um movimento de realização de lucros, com investidores vendendo dólares para embolsarem ganhos recentes. No mercado de ações, os papéis que ficaram baratos nos últimos dias tornaram-se atrativos, num movimento de ajuste.
O ambiente externo também ajudou o mercado brasileiro nesta 2ª feira, com o dólar caindo perante moedas como o peso colombiano e o peso chileno.