Nesta 3ª feira, 02.06, o Ibovespa subiu rapidamente após sua abertura e pouco depois de meia hora de negócios prosseguiu em paulatina e consistente tendência ascendente até o seu fechamento.
O índice encerrou na máxima do dia e recuperou nesta 3ª feira, 02.06, a casa dos 54 mil pts, com o favorável volume financeiro indicando ingresso de capital externo.
Os setores mais líquidos se sobressaíram: (Bancos; Sider./Mineração; Petróleo/Petroq.; e Consumo), com destaque para os papéis da Vale, da Petrobras e de instituições financeiras No Brasil, o mercado considerou positiva a captação da Petrobras no mercado internacional, no montante de US$2,5 bilhões em global notes, com cupom semestral de 6,850% (pagamentos: 5 de junho e 5 de dezembro), taxa de rendimento de 8,450% e prazo de 100 anos (vencimento em 05/06/2115.
Na Europa, melhor humor com a Grécia, que poderá fechar um acordo com credores e sinais que a deflação ficou para trás.
O índice doméstico fechou aos 54.236 pts (+2,27%), acumulanmeses. Em dados preliminares, o bom giro da Bovespa foi de R$6,87 bilhões (R$6,54 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$5,60 bilhões.
No último dado disponível, a Bovespa teve retirada de capital externo de R$318,835 milhões no último dia 29, fechando com saldo positivo de R$1,472 bilhão em maio (+R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março; +R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bilhão em janeiro) e acumulando R$18,943 bilhões em 2015.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,1340 (-1,32%), acumulando -1,60% na semana (e no mês), +18,04% no ano e +39,91% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas foram gradativamente avançando da ponta mais curta para a ponta mais longa da curva da estrutura a termo da taxa de juros. O movimento no dia sinalizou ajustes nas apostas dos agentes na véspera da decisão do Copom, onde o consenso de mercado hoje é de alta de 50 pontos-base na taxa Selic, para 13,75% a.a.
Indicadores.
No Brasil, a produção industrial de abril variou -1,2% (com ajuste sazonal), versus -0,7% em março (revisto de -0,8%) – consenso em -1,4%. Já em relação a abril de 2014, oscilou -7,6% (-3,4% em março-15 / março-14) – consenso em -8,1%, sendo o 14º mês consecutivo de declínio nesse tipo de comparação. O indicador passou a acumular queda de 6,3% no ano e de 4,8% em 12 meses e a média móvel trimestral situou-se em -1,1% em abril.
As produções por grandes categorias assim variaram: bens de capital em -5,1% em abril e em -24,0% sobre abril de 2014 (-19,7% no ano e -14,5% em 12 meses); bens intermediários em -0,2% em abril e em -3,2% sobre abril de 2014 (-2,9% no ano e -3,0% em 12 meses); e a produção de bens de consumo em -1,9% em abril e em -11,2% sobre abril de 2014 (-9,1% no ano e -5,4% em 12 meses), com bens duráveis em -1,8% em abril e em -17,1% comparando com abril de 2014 (-16,0% no ano e em -14,0% em 12 meses) e bens semiduráveis e não duráveis em -2,2% em abril e em -9,3% comparando com abril de 2014 (-6,8% no ano e -2,6% em 12 meses).
Agenda da semana.
No Brasil, se sobressai a decisão da taxa básica de juros e, além da taxa de desemprego nacional (PNAD contínua) - ambas no dia 3; nos EUA, destaque para o payroll (criação de vagas na economia) e para a taxa de desemprego – ambos no dia 6, além da produtividade e do custo de mão de obra, no dia 4;
na Europa, PMIs composto e de serviços de Alemanha, França e zona do Euro, além da decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) - todos no dia 3;
no Reino Unido, decisão da taxa de juros do BoE (Bank of England) no dia 4;
e na China, PMIs composto e de serviços, no dia 2 (de noite).
Confira no anexo o relatório completo sobre o desempenho do mercado financeiro nesta 3ª feira, 02.06.2015, elaborado por analistas de investimento do BB Investimentos.
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