Relatório do Mercado em 09.06.2015
O Ibovespa andou de lado nesta 3ª feira, variou apenas 0,01%
O Ibovespa ascendeu logo após sua abertura e permaneceu operando acima dos 53.100 pts (+0,55%) até quase às 14h. A partir daí, foi perdendo forças, com a reversão da Vale e dos papéis de instituições financeiras, sendo que passou a navegar em terreno negativo na meia hora final, reagindo tão somente nos leilões de fechamento, para encerrar “de lado”.
Em suma, a proximidade da “zeragem” e do vencimento do exercício de opções sobre ações deve trazer volatilidade nesta semana.
As duas principais ações deste mercado tiveram comportamentos opostos hoje: a Petrobras subiu e garantiu o fechamento do índice fora do campo negativo, mas, a Vale sucumbiu, contribuindo inversamente, assim como o setor de bancos.
No Brasil, os agentes também aguardam para a próxima 5ª feira, 11.06, a divulgação da ata do Copom pelo Banco Central, para tentarem inferir sobre as perspectivas da trajetória da política monetária, levando a uma postura mais cautelosa no dia.
Nos EUA, agenda esvaziada. Na Europa, a Grécia não chegou a um acordo sobre sua dívida soberana e não pagou parcela que vencia, solicitando aos credores que concentrem os vencimentos deste mês todos em um único dia. Na China, a inflação declinante pode estar denotando ainda mais que o país prossegue em desaceleração, principalmente, após os dados da balança comercial divulgados ontem. Vale lembrar que o objetivo do governo local é de inflação de 3%. Também, deve-se ressaltar que a produção industrial e as vendas a varejo chinesas serão anunciadas na próxima quinta-feira (11).
Ibovespa
O índice doméstico Ibovespa fechou aos 52.816 pts (+0,01%), acumulando -0,30% na semana, +0,11% no mês, +5,62% no ano e -2,68% em 12 meses. Em dados preliminares, o giro da Bovespa foi de R$6,74 bilhões (R$6,56 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$5,68 bilhões.
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$36,761 milhões no último dia 5 de junho, somando R$410,960 milhões no mês (+R$1,472 bi em maio; +R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março; +R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bi em janeiro) e somando R$19,354 bilhões em 2015.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,0980 (-0,45%), acumulando -1,65% na semana, -2,73% no mês, +16,69% no ano e +38,99% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), parte das taxas teve leves ajustes para cima, mas, não muito distantes da estabilidade, quase não alterando a curva da estrutura a termo da taxa de juros. Enfim, cautela, antes da ata do Copom no dia 11.
Indicadores.
No Brasil, o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), mensurado pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, variou +0,40% em maio, versus +0,92% em abril – consenso de mercado em +0,38%. O indicador passou a acumular +3,79% no ano e +4,83% em 12 meses. Os seus subíndices assim variaram: o IPA-DI em +0,19% (+1,11% em abril); o IPC-DI em +0,72% (+0,61% em abril); e o INCC-DI em +0,95% (+0,46% em abril). Na China, o IPC (inflação ao consumidor) (A/A) foi de 1,2% em maio, versus 1,5% em abril (A/A), abaixo do consenso de 1,3%. O IPP (Inflação ao consumidor) (A/A) registrou deflação de 4,6% em maio, igual a abril (A/A) – consenso de mercado em -4,5%.
Agenda da semana.
No Brasil, IGP-DI (9); IPCA (10) e IGP-M 1ª prévia e ata do Copom (decisão de 3 de junho) (11); nos EUA, estoques no atacado (9), vendas a varejo, dados de seguro-desemprego e estoques de empresas (11) e PPI (preços ao produtor) e Índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan (12); na França, produção industrial (10) e IPC (inflação ao consumidor) (11); no Reino Unido, balança comercial (9) e produção industrial (10); na Zona do Euro, produção industrial (12); no Japão, produção industrial (12); e na China (de noite), IPC e IPP (8) e vendas a varejo e produção industrial (11).
Confira no anexo o relatório completo sobre o comportamento do mercado financeiro em 09.06.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos
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