O Ibovespa abriu em alta em 11.05, dando sequencia ao movimento de ontem, mas, logo ficou oscilante, entrando definitivamente em campo negativo após uma hora e meia de negócios e operando ao redor dos 53.600 pts (-0,51%).
Na véspera da “zeragem” do vencimento do exercício de opções sobre ações, os papéis da Vale e da Petrobras – carros-chefes deste mercado, estiveram instáveis, com a mineradora fechando em alta, porém, não sendo suficiente para evitar a baixa no dia.
Os setores com mais fracas performances foram: Serviços Financeiros; Consumo;
Agronegócios; e Bancos. De outra mão, o pregão foi influenciado pela firme ata do Copom, que citou:
“Esses ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos”.
Neste contexto, em relação à trajetória da inflação, os agentes consideraram que abriu-se espaço para nova elevação da Selic, hoje em 13,75% a.a., de 50 pontos-base na decisão subsequente do Bacen, no próximo dia 29 de julho.
Nos EUA, os dados de vendas a varejo foram favoráveis. Na Europa, a Grécia se comprometeu com a Alemanha e com a França a apresentar um plano factível de pagamento de sua dívida soberana. Na China, os indicadores de vendas a varejo e produção mostraram hoje ao menos uma parada técnica na tendência de desaceleração econômica do país, que vinha sendo denotada recentemente por outros índices.
Bovespa
O índice doméstico fechou aos 53.688pts (-0,35%), acumulando +1,35% na semana, +1,76% no mês, +7,36% no ano e -2,57% em 12 meses. Em dados preliminares, o giro da Bovespa foi de R$6,32 bilhões (R$6,10 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$5,31 bilhões.
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$56,960 milhões no dia 8 de junho último, somando R$162,982 milhões no mês (+R$1,472 bi em maio; +R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março; +R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bi em janeiro) e somando R$19,106 bilhões em 2015.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,1050 (-0,35%), acumulando -1,43% na semana, -2,51% no mês, +16,95% no ano e +38,86% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas subiram, destacadamente entre os DI jan/16 e DI jan/18, levantando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros.
O comportamento no dia foi motivado pelas interpretações da ata do Copom pelos agentes, divulgada nesta manhã, que vislumbraram possibilidade maior de continuidade no ciclo de alta da Selic.
Indicadores.
No Brasil, a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) de junho, mensurado pela FGV, variou +0,47% (+0,51% na 1ª prévia de maio) – consenso em +0,33%, acumulando +4,12% no ano e +5,38% em 12 meses. Nos EUA, as vendas a varejo variaram +1,2% em maio, ante +0,2% em abril – revisto de 0,0% - consenso em +1,2%. Já seu núcleo, excluindo automóveis e gasolina, avançou 0,7% em maio (+0,21% em abril) – consenso em +0,5%%. Na China, a produção industrial (A/A) variou +6,1% em maio – consenso em +6,0%, e as vendas a varejo (A/A) oscilaram +10,1% em maio - em linha com o consenso.
Agenda da semana.
No Brasil, IGP-M 1ª prévia e ata do Copom (decisão de 3 de junho) (11); nos EUA, vendas a varejo, dados de seguro-desemprego e estoques de empresas (11) e índice de confiança do consumidor da Universidade Michigan (12); na França, IPC (inflação ao consumidor) (11); na zona do euro, produção industrial (12); no Japão, produção industrial (12); e na China (de noite), vendas a varejo e produção industrial (11).
Confira no anexo o relatório na íntegra sobre o comportamento do mercado em 11.07.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS
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