Futuros em Nova York e bolsas na Europa caem. Nos EUA, Fed em destaque com ata da última reunião (18-19/julho) e inflação.
O Ibovespa principiará declinante. Tanto os futuros das bolsas em Wall Street, como os principais mercados acionários europeus operam em baixa. Nos EUA, o destaque do dia é a divulgação pelo Fed da ata da reunião ocorrida em 18 e 19 de julho deste ano, além do CPI (inflação ao consumidor).
Ademais, os agentes aguardam comentários de membros do FED que possam dar indícios sobre possível elevação ou não da taxa de juros na subsequente decisão, em 17 de setembro próximo.
Na China, a bolsa de Xangai teve um dia de repique, após desabar 6,15% na véspera. Os países emergentes sofrem, destacadamente os asiáticos hoje. O Vietnã desvalorizou sua moeda (dong) pela terceira vez este ano e os preços das commodities arrefecem no mercado internacional.
A percepção de uma desaceleração econômica mais abrupta (hard landing) da China - segunda maior economia do mundo, prossegue acentuando a aversão ao risco global.
No Brasil, devem prosseguir hoje votações no Congresso sobre uma elevação adicional da a CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido), além de outras que envolvem questões econômicas.
Câmbio
Ontem, o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,4670 (-0,52%), acumulando -0,52% na semana, +1,46% no mês, +30,58% no ano e +53,54% em 12 meses.
Na 3ª feira, 18.08, o índice doméstico fechou aos 47.450 pts (+0,49%), acumulando -0,12% na semana, -6,71% no mês, -5,11% no ano e -17,56% em 12 meses. O giro da Bovespa foi de R$6,91 bilhões (R$6,59 bilhões no mercado à vista), com o Ibovespa em R$5,82 bilhões. O Ibovespa iniciou em baixa e parecia que assim operaria ao longo do pregão, impactado pela queda da bolsa chinesa e pela moderação no dia anterior à divulgação da ata do Fed.
Porém, pouco depois das 13h, com rumores que a CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido) não teria aumento adicional e não haveria modificações no JSCP (juros sobre o capital próprio), o índice avançou firme para o campo positivo, com incremento de volume financeiro.
Todavia, com notícias que ainda poderiam ser propostas novas alterações, perdeu força na meia hora final. O setor de bancos progrediu, mas, Vale (VALE5: R$13,85; -2,67%; giro R$247 milhões; e VALE3 (R$17,42; -3,28%; giro R$77 milhões) e Petrobras (PETR4: R$9,00; -1,32%; giro R$335 milhões; e PETR3 (R$10,02; -1,76%; giro R$154 milhões) pesaram sobre o índice.
No último dado disponível, a Bovespa mostrou saída de capital externo de R$247,855 milhões no último dia 14 de agosto, com saldo negativo de R$675,382 milhões no mês (-R$568 milhões em julho) e acumulando R$20,297 bilhões em 2015.
Agenda da semana (vide pg. 3 do anexo):
No Brasil, confiança industrial CNI e índice de atividade econômica (19), taxa de desemprego (20) e IPCA-15 inflação ao consumidor e Caged – geração de empregos formais (21); nos EUA, IPC (inflação ao consumidor) e ata do Fed (reunião de 28 e 29 de julho) (19), dados de seguro-desemprego e índice antecedente (20) e PMI Manufatura (21); no Japão PIB 2T15 (preliminar); e na China, prévia do PMI manufatura (23).
Na China, o índice de Xangai subiu 1,23%, para 3.794 pts. No Japão, o índice Nikkei variou -1,61%, para 20.223 pts.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre as perspectivas de comportamento do mercado nesta 4ª feira, 19.08.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS
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