Comportamento do Mercado Financeiro em 25.08.2015, 3ª feira
O Ibovespa já iniciou em alta e, mais uma vez, grudou sua trajetória no curso do Dow Jones. No final, o índice brasileiro arrefeceu, mas, mesmo assim, descolou-se positivamente e finalizou com ganho.
Contudo, o índice doméstico em dólar fechou aos 12.401 pts, em patamar inferior ao fundo da crise do subprime de 2008, ainda em tendência de baixa (“bear market”).
EUA
Nos EUA, as providências adotadas pela China chegaram a surtir efeito na abertura e mantiveram as bolsas em alta quase todo o dia. Todavia, a percepção de parte dos agentes, que as medidas seriam tão somente paliativas, terminou por derrubar as bolsas para o campo negativo na hora final de negócios. O Vix (índice de aversão ao risco) cedeu para 36,0 pts, contra 40,7 pts ontem, ainda acima do “divisor de águas” de mercado, em 30 pts.
China
Na China, o governo, na tentativa de conter o declínio das bolsas, reduziu o depósito compulsório de 18,50% para 18,00%, bem como cortou a taxa de empréstimos de referência de 1 ano em 0,25 pontos-base, para 4,60% a.a. e a taxa de juros para depósito em 25 pontos-base, para 1,75% a.a., injetando mais liquidez nos mercados. De toda a sorte, o índice de Xangai decaiu 7,63% (2.965 pts), voltando para patamar similar ao de dezembro/2014.
IBovespa
No índice, os setores com melhores desempenhos foram: Consumo; Infraestrutura; Petróleo/Petroquímico; e Construção Civil. Destaques individuais positivos ponderados para:
ABEV3 (R$18,40; +2,45%; giro R$407,7 MM);
PETR4 (R$7,90; +1,80%; giro R$459,85 MM);
PETR3 (R$8,88; +2,07%; giro R$220,12 MM);
CCRO3 (R$14,30; +2,58%; giro R$107,06 MM);
BRML3 (R$11,60; +4,50%; giro R$50,83 MM); e
BRFS3 (R$66,78; +0,85%; giro R$139,77 MM).
O índice doméstico fechou aos 44.544 pts (+0,47%), acumulando -2,57% na semana, -12,42% no mês, -10,92% no ano e -25,43% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi de R$6,62 bi (R$6,40 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$5,43 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa registrou saída de capital externo de R$435,934 milhões no último dia 21, subindo o saldo negativo a R$2,221 bilhões em agosto (-R$568 milhões em julho) e acumulando R$18,751 bilhões em 2015.
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,5920 (+0,93%), acumulando +2,83% na semana, +5,12% no mês, +35,29% no ano e +57,13% em 12 meses.
Juros Futuros
Nos Juros futuros (DI), as taxas subiram quase progressivamente da ponta mais curta para a ponta mais longa, subindo um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros, destacadamente, a partir do DI abr/17.
Indicadores.
No Brasil, a taxa de desemprego mensurada pela PNAD contínua, que abrange cerca de 3.500 municípios, aumentou para 8,3% no 2º trimestre de 2015, em linha com o consenso de mercado, versus 7,9% no 1º trimestre de 2015 e 6,8% no 2º trimestre de 2014.
O déficit em conta corrente foi de US$6,163 bilhões em junho, versus -US$2,547 bilhões em junho, passando a acumular -US$44,094 bilhões no ano e -U$S89,358 bilhões em 12 meses (4,34% do PIB).
O investimento estrangeiro direto apresentou saldo positivo de US$5,994 bilhões em julho, ante US$5,397 bilhões em junho, acumulando agora US$36,926 bilhões no ano e US$78,398 bilhões em 12 meses (3,81% do PIB).
As reservas internacionais situaram-se em US$370,8 bilhões em julho. A dívida externa estimada somou US$343,2 bilhões em julho, com US$287,4 bilhões no longo prazo e US$55,9 bilhões no curto prazo.
Agenda da semana - Destaques (vide pg.4):
No Brasil, taxa de desemprego e setor externo (25), dados de crédito (26) e resultados primário e nominal, IGP-M, e PIB 2T15 (28);
nos EUA, Vendas de casas novas (25), Pedidos de bens duráveis (26), 2ª prévia do PIB 2T15 e seguro-desemprego (27) e núcleo PCE (inflação) (28); e
na China, lucros industriais (27).
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado financeiro na 3ª feira, 25.08.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS
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