O IPCA caiu de 0,62%, em julho, para 0,22%.
Projetadas para 12 meses, essas duas taxas representam inflação anual de 7,70%, em julho, e 2,67%, em agosto.
O IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de agosto variou 0,22% e ficou 0,40 ponto percentual (p.p.) abaixo do 0,62% registrado em julho e 0,03 p.p., aquém do 0,25% de agosto de 2014.
É o menor IPCA para os meses de agosto desde 2010, quando registrou 0,04%. Com isto o resultado do ano foi para 7,06%, bem mais do que os 4,02% de igual período de 2014. Em relação ao acumulado de janeiro a agosto, foi a taxa mais elevada desde 2003 (7,22%).
Período |
TAXA |
AGOSTO de 2015
|
0,22%
|
Julho de 2015
|
0,62%
|
Agosto de 2014
|
0,25%
|
No ano 2015
|
7,06%
|
Acumulado nos 12 meses
|
9,53%
|
Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 9,53%, próximo aos 9,56% dos 12 meses imediatamente anteriores.
De julho para agosto, vários itens ficaram mais baratos, com destaque para as passagens aéreas, cuja queda de 24,90% gerou contribuição de -0,11 p.p. no resultado do mês. Na região metropolitana de Belém a queda chegou a 40,20%, ficando com Goiânia (-15,12%) e Vitória (-15,79%) os resultados mais moderados. Observando os últimos 12 meses, o item acumula queda de 14,64%. Puxado pelas passagens aéreas, o grupo transportes ficou em -0,27%, o mais baixo resultado de grupo.
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) |
Julho |
Agosto |
Julho |
Agosto |
Índice Geral
|
0,62
|
0,22
|
0,62
|
0,22
|
Alimentação e Bebidas
|
0,65
|
-0,01
|
0,16
|
0,00
|
Habitação
|
1,52
|
0,29
|
0,24
|
0,04
|
Artigos de Residência
|
0,86
|
0,37
|
0,04
|
0,02
|
Vestuário
|
-0,31
|
0,20
|
-0,02
|
0,01
|
Transportes
|
0,15
|
-0,27
|
0,03
|
-0,05
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,84
|
0,62
|
0,09
|
0,07
|
Despesas Pessoais
|
0,61
|
0,75
|
0,07
|
0,08
|
Educação
|
0,00
|
0,82
|
0,00
|
0,04
|
Comunicação
|
0,30
|
0,14
|
0,01
|
0,01
|
Grupo Transportes
Em queda no grupo transportes, destacaram-se, ainda, automóveis usados (-1,03%), pneus (-1,00%), acessórios e peças (-0,96%). Em contraposição, subiram os preços da gasolina (0,67), do etanol (0,60%), do ônibus urbano (0,60%) e do automóvel novo (0,30%).
No caso da gasolina (0,67%), a pressão foi exercida, principalmente, por aumentos ocorridos nas regiões de Campo Grande (6,44%), Goiânia (3,59%), Curitiba (2,98%), Salvador (1,99%) e Vitória (1,00%). À exceção de Vitória, que apresentou queda de 1,71%, o etanol (0,60%) foi influenciado pelas mesmas regiões: Goiânia (9,47%), Campo Grande (9,12%), Curitiba (3,67%) e Salvador (2,67%).
Já o item ônibus urbano (0,60%) foi influenciado somente pelas tarifas da região metropolitana de Belo Horizonte, cuja alta de 7,10% se deu em consequência do reajuste de 9,68% que entrou em vigor a partir do dia 08 de agosto.
Alimentação e Bebidas
No grupo alimentação e bebidas (-0,01%), parte expressiva dos produtos pesquisados passou a custar menos de julho para agosto, destacando-se a batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%), que, juntos, tiveram contribuição de -0,10 p.p. no índice do mês.
No grupo dos alimentos, considerando aqueles que subiram em agosto, os destaques foram a farinha de mandioca (4,40%) e o alho (2,74%).
Grupo Habitação
No grupo habitação (0,29%), a energia elétrica (-0,42%) se mostrou em queda, o que não ocorria desde março de 2014, quando ficou em -0,87%. O item refletiu a redução no PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas, apesar do aumento nas contas de Belém, cuja variação de 3,69% decorreu do reajuste de 7,47% em 07 de agosto, e de Vitória, onde a variação de 1,62% se deu em consequência do reajuste de 2,52%, também em 07 de agosto.
Além da energia elétrica, o botijão de gás ficou mais barato em agosto (-0,44%) em função de quedas expressivas verificadas nas regiões de Recife (-4,27%), Campo Grande (-2,69%), Rio de Janeiro (-1,12%) e Fortaleza (-0,99%).
Por outro lado, outros itens do grupo habitação se apresentaram em alta, com destaque para a taxa de água e esgoto (1,07%), mão de obra pequenos reparos (0,84%), condomínio (0,71%), artigos de limpeza (0,49%) e aluguel residencial (0,40%).
A respeito da taxa de água e esgoto, a alta de 1,07% foi influenciada pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, cujas contas aumentaram 9,29% em função do reajuste de 9,98% ocorrido em primeiro de agosto, e de Vitória, onde as contas aumentaram 7,37%, refletindo parte do reajuste de 10,69% em vigor a partir do dia 08 de agosto.
Educação
Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, foi educação, com 0,82%, que registrou a mais elevada taxa no índice do mês, reflexo do resultado apurado na coleta realizada em agosto, a fim de captar a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares tiveram variação de 0,78%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram alta de 1,62%.
Despesas Pessoais
O grupo despesas pessoais, cuja alta de 0,75% é explicada, principalmente, pelos itens serviço bancário (2,65%), cabeleireiro (0,86%) e empregado doméstico (0,53%). Quanto aos demais grupos, os resultados foram: artigos de residência, com 0,37%, vestuário, com 0,20%, e comunicação, com 0,14%.
IPCA nas Regiões
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,47%) em virtude da alta de 3,02% nos preços dos combustíveis. O litro da gasolina ficou 2,98% mais caro e o do etanol, 3,67%. O menor índice foi registrado em Brasília (-0,16%), onde os as passagens aéreas, com queda de 23,40% e peso de 1,94%, geraram impacto de -0,45 p.p. no resultado do mês.
Região |
Peso Regional (%) |
Variação (%) |
Variação acumulada (%) |
Julho |
Agosto |
Ano |
12 meses |
Curitiba
|
7,79
|
0,89
|
0,47
|
8,83
|
11,06
|
Salvador
|
7,35
|
0,30
|
0,41
|
6,63
|
8,91
|
Belém
|
4,65
|
-0,07
|
0,32
|
5,81
|
8,49
|
Fortaleza
|
3,49
|
0,27
|
0,32
|
7,06
|
9,51
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,81
|
0,28
|
7,79
|
10,34
|
Vitória
|
1,78
|
0,11
|
0,25
|
5,50
|
7,91
|
Campo Grande
|
1,51
|
0,52
|
0,25
|
6,61
|
10,17
|
São Paulo
|
30,67
|
0,79
|
0,24
|
7,38
|
9,75
|
Goiânia
|
3,59
|
0,85
|
0,23
|
6,67
|
10,18
|
Recife
|
5,05
|
0,68
|
0,18
|
7,10
|
9,03
|
Belo Horizonte
|
10,86
|
0,64
|
0,05
|
6,59
|
8,38
|
Rio de Janeiro
|
12,06
|
0,46
|
-0,02
|
6,68
|
9,70
|
Brasília
|
2,80
|
0,38
|
-0,16
|
5,02
|
8,09
|
Brasil
|
100,00
|
0,62
|
0,22
|
7,06
|
9,53
|
Perfil do Índice
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 27 de agosto de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de junho a 29 de julho de 2015 (base).
Fonte: IBGE. Chamada de capa e subtítulos da Redação.
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