Relatório de Mercado, em 23.09.2015
O Ibovespa abriu oscilante e assim ficou navegando ao redor da estabilidade até pouco depois do meio dia. A partir daí, influenciado também pelo Dow Jones ter entrado em campo negativo, o índice brasileiro entrou em trajetória descendente até seu fechamento, que foi na mínima do dia.
Com ratificação do esmaecimento da economia chinesa, com indicador de atividade decaindo, e novas citações que o Fed poderá subir os juros ainda este ano nos EUA, o panorama externo fomentou uma precificação de maior desconto dos agentes sobre as economias emergentes.
Esta percepção induziu o CDS de 5 anos do Brasil (CMAN), utilizado pelo mercado como referência de risco, a subir para 486 pts, somando 21 pts ante o término de ontem, em 465 pts, bem como registrando alta de 182 pts versus o encerramento de agosto, em 350 pts.
Na China, na noite de ontem, foi divulgado o número preliminar do índice de atividade Caixin PMI Manufatura de setembro, que cedeu para 47,0, versus 47,3 em agosto – consenso em 47,5. O decaimento do dado prosseguiu corroborando a visão de mercado da continuidade da desaceleração da economia chinesa.
Ibovespa
No Ibovespa, Bancos, Siderurgia/Mineração, Consumo e Petróleo/ Petroquímico destacaram-se ponderadamente de modo negativo:
ITUB4 (R$26,40; -3,97%; giro R$432 MM);
BBDC4 (R$21,93; -3,39%; giro R$270 MM);
ITSA4 (R$7,20; -3,36%; giro R$187 MM);
VALE5 (R$14,92; -2,8%; giro R$ 379 MM);
VALE3 (R$18,90; -2,88%; giro R$103 MM);
VIVT4 (R$37,77; -3,89%; giro R$91 MM);
PETR4 (R$6,82; -2,15%; giro R$447 MM);
ABEV3 (R$19,17; -1,19%; giro R$280 MM);
CCRO3 (R$11,00; -4,93%; giro R$130 MM);
UGPA3 (R$64,60; -2,55%; giro R$76 MM).
O índice doméstico fechou aos 45.340 pts (-2,00%), acumulando -4,07% na semana, -2,76% no mês, -9,33% no ano e -19,81% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi de R$7,08 bi (R$6,69 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$5,71 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa registrou entrada de R$103,964 milhões em capital externo no último dia 21, acumulando R$412,364 milhões no mês (-R$3,314 bilhões em agosto) e R$18,07 bilhões em 2015.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$4,1350 (+2,10%), acumulando +5,74% na semana, +14,56% no mês, +55,74% no ano e +71,72% em 12 meses. Nos Juros futuros (DI), mais uma vez, as taxas subiram generalizadamente, elevando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros, impactada pela subida da aversão ao risco.
Indicadores.
Nos EUA, a prévia de setembro do índice de atividade PMI ficou em 53,0, igual ao fechamento de agosto – consenso em 52,8.
Na Alemanha, na França e na zona do euro foram divulgadas as prévias dos índices de atividade PMI, que foram, respectivamente, 52,5 (53,3 em agosto), 50,4 (48,3 em agosto) e 52,0 (52,3 em agosto). Também, na França, o dado final do PIB do 2º trimestre mostrou estabilidade, igual à prévia anterior. Já o dado anual do PIB (A/A) mostrou alta de +1,1%, ante +1,0% da prévia anterior – consenso em 1,0%.]
Agenda da semana (vide pg. 3 do relatório anexo)
O destaque maior é a revisão do PIB2T15 dos EUA, na próxima 6ªfeira (25).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do movimento do mercado financeiro nesta 4ª feira, 23.09, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.