Relatório Focus em 19.10.2015
Focus: para 2015, IPCA aumentou, taxa Selic inalterada e PIB cedeu;
e para 2016, IPCA subiu, taxa Selic maior e PIB arrefeceu.
O relatório semanal Focus do Banco Central, com as projeções de mercado (mediana), registrou as seguintes alterações em comparação com a semana anterior: o IPCA subiu a 9,75% (9,70% antes) para 2015 (limite superior em 6,50%) e cresceu a 6,12% (6,05% antes) para 2016; o PIB arrefeceu a -3,00% (-2,97% antes) para 2015 e baixou a -1,22% 9-1,20% (antes) para 2016; e a taxa Selic estacionou em 14,25% a.a. para 2015 e aumentou a 12,75% (12,63% antes) a.a. para 2016.
Considerações:
- O PIB manteve sua trajetória declinante pela 14ª semana consecutiva para 2015, mas, vem reduzindo sua força de decaimento. Já para 2016, depois de uma leve pausa de duas semanas, tornou a recuar em sua segunda estimativa seguida.
- O IPCA seguiu em elevação para 2015. Já para 2016, a inflação manteve-se em uma série crescente de 11 semanas. Ambas as projeções influenciadas pelos aumentos recentes dos combustíveis e da ascensão da cotação do dólar, que permaneceu em
R$4,00 para 2015, mas, situa-se maior para 2016, em R$4,13.
- A taxa Selic perdura estacionada em 14,25% a.a. para 2015. Já para 2016, continuou em progressão, atingindo agora 12,75% para 2016, após ter subido a 12,63% na semana anterior, magnetizada pela evolução do câmbio.
- A taxa de câmbio (fim de período) para 2015 ficou em R$4,00 pela segunda semana sucessiva. Já para 2016, ficou em R$4,13, próximo ao R$4,15 da semana anterior, mas, acima da cotação de R$4,00 de duas semanas atrás.
O CDS (Credit Default Swap - fonte: CBIN) de 5 anos do Brasil – derivativo usado pelo mercado como medida de risco-país – fechou a 441 pontos-base na sexta-feira (16), variando +30 pontos-base frente aos 411 pontos-base do encerramento da sextafeira
anterior (9). Vale lembrar que alcançou sua máxima no ano em 533 pontos-base, no dia 28 de setembro.
No cenário externo, uma maior aposta dos agentes na postergação do início da alta de juros pelo Fed para 2016 se sobressaiu aos temores de um menor crescimento da China.
Nos EUA, os pedidos de seguro-desemprego recuaram a 255 mil (semana até 8/out) e sua média móvel de 4 semanas baixou a 265.000, ambos os dados em patamares similares aos do mês de novembro de 1973 (42 anos atrás).
Na China, a balança comercial foi de US$60,34 bilhões em setembro, mas, as exportações arrefeceram 3,7% (-5,5% em agosto) – consenso em -6,0%; e as importações desabaram 20,4% (-13,8% em agosto) – consenso em -15,9%.
O Copom decidiu, no dia 2 de setembro de 2015, manter a taxa básica de Juros (Selic) em 14,25%a.a., por unanimidade e sem viés, após sete altas consecutivas, que tiveram início em 29/10/2014 quando estava em 11,00% a.a. Em seu comunicado, citou:
“O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016”.
A próxima decisão será na quarta-feira desta semana, dia 21
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do Boletim Focus elaborada pelos analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS
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