Movimento do Mercado em 27.10.2015, 3ª feira
Mercados
Sem grandes indicadores internos nesta terça-feira, a bolsa brasileira seguiu o tom dado nos negócios no exterior. O mercado aguarda pelas decisões do Banco do Japão e, principalmente, do Federal Reserve sobre a taxa básica de juros. Essa falta de tendência e pouco volume tornam voláteis os ativos.
O petróleo também foi negociado sob influência do relatório de estoques nos EUA a ser divulgado esta semana e sob pressão da desaceleração da economia mundial. O barril do tipo Brent (Londres) para dezembro recuou 1,54% e fechou a US$ 46,81 por barril. O indicador de encomenda de bens duráveis divulgado hoje nos EUA mostrou uma queda 1,2% em setembro ante agosto, o que traz uma expectativa baixista para a prévia do PIB do 3ºT, a ser divulgada na quinta-feira.
No mercado de bonds, os rendimentos dos Treasuries mantiveram a tendência queda (para 2,01%, de 2,05% no último fechamento), em meio à visão de que um aumento dos juros nos EUA deve ficar para 2016.
Ibovespa
O Ibovespa abriu em baixa, tentou reverter antes da abertura em Nova Iorque, mas retomou a queda logo em seguida. O ambiente externo de cautela e as preocupações com a desaceleração da economia mundial levaram a mais um dia de queda no preço das commodities, que pesaram sobre Vale e Petrobras.
O destaque de alta foi da Embraer, que divulgou resultado e fechou em alta de 4,78%. No final, o índice fechou o dia aos 47.042 pontos, em baixa de 0,35%. O giro financeiro totalizou R$ 5,868 bilhões.
Mercado de Juros e Dólar
Os juros futuros registram queda ao longo da estrutura a termo, principalmente nos contratos mais longos, novamente devolvendo parte da inclinação negativa perdida na semana passada. O movimento foi influenciado pelo dólar e também pela queda do rendimento dos Treasuries no exterior. O DI para julho de 2017 teve queda, de 14 bps, e o contrato para janeiro de 2018, queda de 17 bps. O dólar fechou em baixa de 0,38%, a R$ 3,9037.
Fluxo de Capital Estrangeiro na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 108,495 milhões no dia 23, quando o Ibovespa teve baixa de 0,37%. O saldo de recursos externos em outubro é de R$ 4,540 bilhões e no ano o superávit é de R$ 21,780 bilhões. Apesar de o volume diário continuar bem fraco, vale lembrar que o último dia com saída de recursos foi 01/10/2015.
Indicadores
Nos EUA, as encomendas de bens duráveis caíram 1,2% no mês em setembro (est. -1,5%). O aspecto negativo foi a revisão do mês anterior (para queda de 3,0%, de 2,0% antes). O índice dos gerentes de compra (PMI) de serviços recuou de 55,1 em setembro para 54,4 em outubro, ante previsão de 55,5, e o índice de confiança do consumidor medido pelo Conference Board diminuiu de 102,6 em setembro para 97,6 em outubro, ante previsão de 102,8.
Agenda da semana
Segunda (26): Venda de novas moradias (setembro) nos EUA;
Terça (27): PIB (3ºT) do Reino Unido, Encomendas de bens duráveis (setembro) e confiança do consumidor nos EUA e vendas no varejo (setembro) do Japão;
Quarta (28): Decisão de política monetário do FED e prévia da produção industrial do (setembro) no Japão;
Quinta (29): Prévia do PIB (3ºT) e pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos e indicadores emprego (setembro) e nível de preços (outubro) no Japão;
Sexta (30) Núcleo de preços ao consumidor (3ºT) nos EUA e indicadores de consumo e inflação na Zona do Euro.
Confira no anexo a íntegra do relatório elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS