Relatório de Mercado - 16.11.2015
Mercados
A sessão de 2ª feira, 16.11] foi marcada pelo alívio depois dos atentados terroristas em Paris na 6ª feira. Os investidores buscaram proteção no dólar, assim como no Outro e em títulos do tesouro dos EUA, considerados ativos de segurança, porém não houve o temido sell-off.
Na Ásia as bolsas fecharam em direções opostas. Enquanto Shanghai fechou em alta de 0,73%, no Japão o índice Nikkei fechou em baixa de 1,04%, diante do cenário geopolítico e também devido ao fraco resultado do PIB do terceiro trimestre, que apresentou queda anualizada de 0,8% e coloca o país em recessão pela segunda vez no governo de Shinzo Abe.
Na Europa as bolsas fecharam majoritariamente em alta, impulsionadas por empresas do setor energético e bélico. Os destaques negativos foram companhias aéreas e empresas de transporte.
A bolsa de Paris (CAC 40) fechou em queda de 0,08%. A bolsa de Londres fechou em alta de 0,46%. A bolsa de Frankfurt (DAX) subiu 0,05%, para 10.713,23 pontos. Às 17:10, o Dow Jones subia 0,90% e o S&P 500 avançava 0,89%.
O contrato futuro do barril do petróleo tipo Brent para dezembro (ICE – Londres) era cotado a U$ 41,93, em alta de 2,92% em relação ao fechamento anterior. O dollar index (medida do dólar contra uma cesta de moedas) subia 0,37%, a 99,36.
Bovespa
Na Bovespa, em dia de vencimento de opções sobre ações, os negócios tiveram mais uma vez fraco volume até a abertura dos mercados em Nova Iorque (que acontece às 12:30).
Apesar da indecisão inicial, a bolsa manteve-se em território positivo. O destaque de alta foi a Petrobras, que foi impulsionada pela alta do preço do petróleo no mercado internacional:
PETR3 (R$ 9,37; +6,72%),
PETR4 (R$ 7,67; +5,50%),
além de bancos:
ITUB4 (R$ 28,41; +2,82%),
BBDC4 (R$ 21,69; +0,84%) e
BBAS3 (R$ 17,30; +1,35%).
No final, o Ibovespa fechou em alta de 0,71%, aos 46.846 pontos, com volume de R$ 3,039 bilhões no mercado à vista. O giro financeiro referente do exercício de opções sobre ações foi de R$ 1,53 bilhão.
Mercado de Juros e Dólar
O dólar abriu em baixa, fazendo ajustes após a alta de sexta-feira, em meio a um ambiente de liquidez reduzida. A moeda fez um movimento de alta à tarde, mas a entrada de recursos de exportadores provocou nova queda, e terminou a sessão em baixa de 0,63%, aos R$ 3,8158.
Os juros futuros caíram ao longo de toda a curva, acompanhando o câmbio internamente. No pregão regular na BM&FBovespa, o contrato DI para janeiro de 2016 fechou estável em 14,21%, de 14,23% no fechamento anterior. O DI de janeiro de 2017 fechou com taxa de 15,51%, contra 15,58% do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2020 fechou em 15,66%, de 15,71% no ajuste anterior.
Boletim Focus
O relatório semanal Focus do Banco Central, com as projeções de mercado (mediana), registrou as seguintes alterações em comparação com a semana anterior: o IPCA subiu a 10,04% (9,99% antes) para 2015 e a 6,50% (6,47% antes) para 2016; o PIB arrefeceu a -2,00% (-1,90% antes) para 2016; e a taxa de câmbio caiu para R$ 3,96 no final de 2015 (R$ 4,00 antes).
A expectativa para a taxa Selic segue em 14,25% a.a. para 2015 e aumentou a 13,25% para 2016.
Indicadores
Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% em outubro ante igual mês do ano passado. O resultado veio acima da leitura preliminar de outubro e da previsão de analistas, de estabilidade. O núcleo do CPI (exceto energia e alimentos) avançou 1,1% na comparação anual de outubro.
Nos EUA, o índice Empire State de atividade industrial em Nova York subiu para -10,74 em novembro, de -11,36 em outubro, ainda assim abaixo da mediana das previsões, de -5.
Agenda da semana
Segunda (16): Relatório Focus, criação de vagas de trabalho, arrecadação federal (outubro) e IBC-Br (setembro) no Brasil, Preços ao consumidor (outubro) da zona do euro.
Terça (17): Preços ao consumidor, ao produtor e vendas no varejo no Reino Unido, Preços ao consumidor (outubro) nos EUA.
Quarta (18): Ata do FOMC nos EUA e balança comercial (outubro) do Japão.
Sexta (19): pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado em 16.11.2015, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS
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