Comportamento do Mercado na 6ª feira, 29.01
O último dia útil do mês de janeiro foi de alívio para os investidores. A principal notícia veio da Ásia, onde o Banco Central do Japão (BoJ) surpreendeu ao anunciar um corte na taxa de depósito compulsório, que agora se encontra em território negativo (-0,1%), a exemplo do Banco Central Europeu.
Na China, a bolsa de Xangai fechou em alta de 3,09%, também repercutindo mais uma injeção de recursos no mercado pelo Banco Central Chinês.
Nos EUA, a divulgação da primeira prévia do PIB do quarto trimestre mostrou que a economia cresceu 0,7% no período, um pouco abaixo da média das expectativas, de 0,8%, e bem abaixo do trimestre anterior, de 2,0%. A combinação de estímulo das autoridades asiáticas e um PIB aquém do esperado nos EUA o apetite pelo risco, dando fôlego às bolsas, às moedas emergentes e ao petróleo. Às 18h30, o Dow Jones subia 2,08%, e 1,93% na semana, indicando que esta será a primeira semana no território positivo em 2016.
Bolsa Brasileira
A Bovespa operou em alta desde o início do pregão, acompanhando o desempenho das bolsas europeias e dos futuros em Nova Iorque, em movimento que teve prosseguimento com a abertura dos mercados de Wall Street.
Os fechamentos das ações do índice, em sua grande maioria, ocorreram nas máximas do dia, o que, aliado a uma retomada de volume, indica que a bolsa deve buscar uma correção das perdas acumuladas desde meados de dezembro.
Entre as maiores altas hoje estiveram, mais uma vez, as empresas do setor elétrico e de educação, com altas significativas, embora os bancos e Petrobras, que possuem grande peso no índice, também tenham fechado em forte alta. Das 61 ações do índice, apenas duas não fecharam em alta (BM&F e Usiminas).
Assim, o Ibovespa recuperou o patamar de 40.000 pontos, fechando em 40.405 pontos, alta de 4,59%.
Câmbio e Juros Futurod
O dólar operou em queda, acompanhando o bom humor dos mercados e com os investidores zerando posições vendidas na moeda, fechando em baixa de 1,75%, a R$ 3,9985 (interbancário), após registrar mínima de R$ 3,9972 (-2,09%).
Os juros futuros de curto prazo, após sucessivos fechamentos em queda desde a véspera da decisão do Copom, terminaram a sexta-feira em alta, enquanto nos vencimentos longos o apetite pelo risco vindo do exterior deu prosseguimento ao movimento visto na semana e derrubou os prêmios da ponta longa. Ao término da sessão regular, o DI para janeiro de 2021 caiu 25 bps, para 15,94% (de 16,19% no ajuste anterior).
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 6ª feira, 29.01.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.