O Comportamento do Mercado na 5ª feira, 04.02.2016
Em um dia de volatilidade no mercado de commodities, o petróleo fez uma leve correção, porém sem perder o viés altista de curto prazo. O contrato futuro do petróleo do tipo Brent (negociado em Londres) fechou em baixa de 1,66%, a US$ 34,46 o barril.
Na Ásia, o destaque positivo ficou por conta da China, após mais um aporte de liquidez por parte do PBoC (US$ 23 milhões), contendo a desvalorização da moeda local (Yuan). A bolsa de Xangai fechou em alta de 1,55%, enquanto o Nikkei perdeu 0,85%.
O tom otimista também vem da recente desvalorização do dólar frente a uma ampla cesta de moedas, que se iniciou na semana passada quando o FOMC manteve inalterada a taxa básica de juros e reconheceu as dificuldades que deverá enfrentar (desaceleração econômica mundial e queda do preço das commodities) para continuar o processo de normalização, o que não deve acontecer na reunião de março.
Nos EUA foi divulgado, ainda pela manhã (portanto com os mercados abertos na Europa) o indicador de novos pedidos de auxílio-desemprego da semana passada, que mostrou crescimento acima do consenso de mercado, para 285 mil novos pedidos, de 278 mil na semana anterior (+8.000).
Na Europa, a bolsa de Alemanha (DAX) fechou em baixa de 0,44%, enquanto a bolsa de Londres (FTSE 100) subiu 1,06%, ajudada pela decisão do Banco Central da Inglaterra, que confirmou as expectativas e manteve a taxa básica de juros em 0,5%.
Na Bovespa, as ações operaram em alta desde o início com a diminuição da percepção do risco. A valorização do real vista nos últimos dias é um convite ao ingresso de estrangeiros.
Importantes indicadores confirmam o bom humor que levou os investidores às compras hoje: o CDS de 5 anos segue em queda no curto prazo (460,79; -3,78%), assim como o rendimento dos bônus soberanos (Brasil 10 anos; 15,76%; - 9 bps), refletindo uma melhoria no cenário. No final, o Ibovespa fechou em alta de 3,11%, a 40.821 pontos, com giro de R$ 7,33 bilhões, acima da média dos últimos 14 dias, de R$ 6 bilhões.
Entre os destaques de alta estiveram as empresas do setor de materiais, com contribuição de 0,75% na alta do índice. O setor financeiro também teve forte alta, com contribuição de 0,91% na alta.
O dólar acompanhou a queda da divisa no exterior e caiu pelo segundo dia consecutivo, fazendo novo mínimo no ano, a R$ 3,9005 (-0,39%). No mercado futuro de juros, as taxas seguiam em leve alta nos contratos mais longos.
Ao término da negociação regular, o contrato de DI para abril de 2016 fechou em 14,19%, de 14,2% no ajuste anterior (-0,05%). O DI para janeiro de 2017 terminou em 14,53%, de 14,44% no ajuste anterior (+0,66%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 15,91%, de 15,74% (+1,08%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4a feira, 04.02.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.