Comportamento do Mercado Financeiro na 4ª feira, 17.02.2016
Cenário externo favorável limita perda decorrente de novo corte da S&P.
Bolsa sobe 1,67% e supera patamar de 41 mil pontos, das 61 ações do índice, apenas 16 fecharam em baixa
Petróleo
Os mercados acionários foram impulsionados mais uma vez pela recuperação do petróleo, que reagiu às tratativas de acordo entre os países produtores para congelar a produção aos níveis de janeiro.
O movimento de alta ganhou mais força depois que o ministro do Petróleo do Irã afirmou que apoia ações conjuntas para ajudar na recuperação dos preços, porém sem se comprometer com cortes na produção, já que o país pretende retomar a produção aos patamares existentes antes das sanções econômicas.
Na Nymex, o contrato do petróleo para março teve alta de 5,58%, a US$ 30,66 o barril.
Dow Jones
A retomada do apetite pelo risco pode ser confirmada nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, que tiveram mais um dia de alta, refletindo menor demanda por ativos considerados seguros. O juro da T-Note de dez anos avançava para 1,8121% (+ 4 bps) às 18h15.
Em Nova Iorque, no mesmo horário, o Dow Jones tinha alta de 1,50%, e o S&P ganhava 1,61%.
FED
A ata da última reunião do FOMC (comitê de política monetária do FED), divulgada às 17h, destacou o aumento das incertezas sobre a economia global e os efeitos do dólar forte e energia barata, enfraqueçam a inflação, e tiveram impacto moderado nos preços dos ativos.
BMF Bovespa
O Ibovespa abriu em alta, em dia de vencimento do futuro do índice, acompanhando o bom humor externo, puxado por Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos, a exemplo da sessão anterior. Testou os 42 mil pontos no intraday, atingindo valorização de 3,63% na máxima do dia, às 15h55.
Porém a notícia do novo corte da nota de crédito do país (de BB+ para BB) pela agência de risco S&P, às 16h35, fez o índice perder quase mil pontos em poucos minutos.
Passado o impacto inicial, o índice recuperou-se e confirmou o fechamento acima do patamar de 41 mil pontos, em alta de 1,67%, a 41.630 pontos. Das 61 ações que compõe o índice, apenas 16 fecharam em baixa.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado cambial, a reação ao corte da S&P foi fraco, com o dólar à vista fechando em baixa de 2,15%, a R$ 3,9831.
No mercado futuro de juros, na sessão regular da BM&F, as taxas recuaram com força, com os contratos mais longos chegando a perder 33 pontos na ponta longa. Após a decisão da S&P, durante a sessão estendida, houve correção em toda a série, embora ainda fechando em queda em relação ao fechamento anterior.
O contrato de DI para abril de 2016 fechou em 14,16%, de 14,17% no ajuste anterior (-0,07%). O DI para janeiro de 2017 terminou em 14,26%, de 14,24% no ajuste anterior (+0,11%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 15,84%, de 15,98% (-0,88%).
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$ 161,5 milhões no dia 15, quando o Ibovespa teve alta de 0,72%. O saldo de recursos externos em fevereiro é negativo em R$ 54 milhões e no ano o resultado é negativo em R$ 221,69 milhões.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado em 17.02.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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