O mercado em 23.02: Bolsas em Queda
Bolsas em queda com indefinições sobre o petróleo No exterior, os preços do petróleo tiveram um dia de queda depois das altas recentes, em meio ao receio de que o possível congelamento da produção global alivie o excesso de oferta global.
Declarações de ministros de petróleo da Arábia Saudita e do Irã também foram mal recebidas. Segundo o primeiro, "não faz sentido gastar tempo buscando cortes na produção, porque isso não vai acontecer". Já o ministro do Irã considerou "uma piada" o plano apresentado pela Rússia e pela Arábia Saudita para congelar a produção da commodity nos níveis de janeiro.
Com os preços do petróleo em queda, predominou a busca por ativos seguros, preferidos em momentos de aversão ao risco. Entre as moedas, o yen teve mais um dia de alta, assim como o dólar e o euro.
Os preços da maioria dos títulos do Tesouro dos EUA subiram hoje, levando à queda dos rendimentos. O rendimento do Treasury de 10 anos (mais líquido) perdeu 3,57%, a 1,7157%.
As bolsas na Europa fecharam majoritariamente em baixa, com os investidores também reagindo tardiamente aos indicadores antecedentes da Zona do Euro, que em sua maioria mostraram retração na prévia de fevereiro. O índice DAX (Alemanha) fechou em baixa de 1,64%, enquanto o FTSE 100 (Londres) perdeu 1,25%.
Em Nova Iorque, as bolsas também passaram por ajustes de baixa após alta na véspera. O S&P fechou em baixa de 1,25%.
Bovespa
Na Bovespa, também houve realização de lucros após fortes ganhos recentes. Entre as principais quedas ficaram as blue chips ligas ao setor de commodities:
Petrobras ON (R$ 7,08; -4,45%), Vale ON (R$ 12,38; -5,78%), além de siderúrgicas: Gerdau PN (R$ 3,89; -5,81%) e Metalurgica Gerdau PN (R$ 1,35; -4,93%).
Na ponta de cima, Fibria ON (R$ 42,00; 2,64%) e Suzano PN (R$ 15,65; 2,15%). No final, o índice fechou em baixa de -1,65%, com 42.521 pontos, e volume de R$ 4,354 bilhões.
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 14,117 milhões no dia 19, quando o Ibovespa teve alta de 0,16%. O saldo de recursos externos em fevereiro está positivo em R$ 1,747 bilhão e no ano o resultado é positivo em R$ 1,579 bilhão.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar subiu frente ao real nesta terça-feira, depois de acumular queda de quase 2,5% nas últimas duas sessões, em linha com o movimento global da moeda, e fechou em alta de 0,58%, a R$ 3,9644. As taxas dos contratos de juros futuros avançaram juntamente com o dólar, e também refletindo uma correção técnica depois de várias quedas nas sessões anteriores.
No campo dos indicadores, o IPCA-15 subir mais que o esperado em fevereiro. A prévia da inflação oficial (cuja tomada de preços acontece no dia 15) acelerou para 1,42%, acumulando alta de 10,84% nos doze meses encerrados em fevereiro.
Ao término da negociação regular, o contrato de DI para abril de 2016 fechou em 14,16%, de 14,15% no ajuste anterior (0,07%). O DI para janeiro de 2017 terminou em 14,22%, de 14,18% no ajuste anterior (+0,28%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 15,66%, de 15,49% (1,1%).
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado em 23.02.2016, 3ª feira, elaborado por FABIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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