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Investimentos

25 de Fevereiro de 2016 as 18:02:16



INVESTIMENTOS - USIMINAS - Resultado 4T15 e Revisão de Preço


USIMINAS - Resultado 4T15 e Revisão de Preço
 
Menor volume de vendas, alta alavancagem e queima de caixa.
 
 
A Usiminas finalizou 2015 com um resultado negativo, impactado fortemente pela situação macroeconômica do País, além do fraco desempenho operacional que afetou diretamente suas margens no período.
 
Ainda, ressaltamos os contínuos desentendimentos entre seus sócios controladores. Dados do IABr confirmam o cenário negativo: a produção de aço bruto caiu 6,3% A/A, em dezembro/15, e as vendas de aço laminado no mercado doméstico encolheram 23,5%.
 
Consequentemente, a geração de caixa da empresa foi prejudicada e sua habilidade de honrar seus débitos vincendos (2016) foi posta em cheque.
 
 
Menores volumes vendidos impactam receitas.
 
A receita do período não foi afetada apenas por volumes menores, mas também por uma piora no mix de produtos com exportações mais altas (21% da receita total comparada a 16% no 4T14).
 
Os segmentos de mineração e siderurgia sofreram o impacto da retração do mercado, reportando receitas moderadas de R$ 86 milhões (-3% T/T e -1% A/A) e R$ 2,1 bilhões (+1% T/T e -14% A/A), respectivamente.
 
Desta forma, as receitas totais cederam 7,0% comparadas ao mesmo período de 2014, para R$ 2,4 bilhões, apesar de estável no T/T, +0,8%.
 
 
Paralisação de Cubatão e exportação menor.
 
Ao optar pela paralisação das atividades em Cubatão, a Usiminas teve como objetivo a redução da necessidade de exportar o excedente de produção ora não absorvido pelo mercado doméstico.
 
A empresa decidiu reduzir o volume exportada devido às menores margens que este mercado proporciona e, assim, espera que sua margem EBITDA volte a se elevar já no 2T16.
 
Os custos já apresentaram redução T/T e somaram R$ 2,5 bilhões, com uma margem bruta negativa de 2,8% no período, um leve aumento em relação ao 3T15 (+1,7 p.p.) porém pior que o 4T14, caindo 5.0 p.p..
 
 
Impairment e Despesas afetam Resultados.
 
As despesas operacionais, por outro lado, caíram 22,8% com menores custos de distribuição, menor volume de exportação e recuo nas provisões. 
 
O resultado final acabou afetado por efeitos não recorrentes em função do
reconhecimento da quantia de:
 
(i) R$ 1,2 bilhão na unidade de mineração, com o intuito de
ajustar a companhia à nova dinâmica de preço do minério de ferro e 
 
(ii) R$ 357 milhões no segmento de siderurgia (plantas de coque de Cubatão).
 
Por esta razão, o EBITDA Ajustado veio negativo em R$ 249,9 milhões, principalmente influenciado pelos preços decrescentes do aço e menores volumes de venda de minério de ferro, que levou a uma margem EBITDA ajustada de -10,4% (-7.7 p.p. T/T). O lado positivo veio somente com a Usiminas Mecânica que reportou uma margem EBITDA de 12% no período.
 
 
Outlook.
 
As projeções para 2016 não são confortantes. De acordo com o INDA (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço), em dezembro de 2015, as compras de aço caíram 37,3% A/A, enquanto as vendas cederam 30,1%. O instituto ainda espera uma retração de aproximadamente 5%-6% para este ano nas vendas totais de aço.
 
Exportações também poderão ser afetadas devido a medidas antidumping em todo o mundo, especialmente nos EUA. Entretanto, as importações mais baixas podem contribuir positivamente para os players domésticos. No caso de chapas grossas, a competitividade deve crescer em 2016 com a entrada de um novo player no mercado e a queda dos investimentos no país.
 
 
Situação Financeira
 
Com relação à Usiminas, chamamos atenção para a sua atual situação financeira.  A necessidade de aporte de capital se tornou mandatória para a sobrevivência da empresa no CP. Com a posição de caixa em R$ 2,4 bilhões e empréstimos a vencer de R$ 1,9 bilhões já em 2016 e R$ 1,8 bilhões em 2017, a companhia terá que dispender de grandes esforços para cumprir com suas obrigações e dar ao mercado uma melhor visibilidade para o ano. 
 
De acordo com a empresa, o CA tem analisado a injeção de capital para fazer jus às dívidas vincendas e à sua necessidade de capital de giro no CP, bem como a rolagem das mesmas,  já em discussão com bancos credores. 
 
Como alternativa, a Usiminas contratou um banco para auxiliar na venda da Usiminas Mecânica, esperada para ocorrer ao longo de 2016.
 
Com isso em mente, decidimos rever nosso preço-alvo para 2016 de R$ 4,80 para R$ 1,50 e mantivemos nossa recomendação em Market Perform. Acreditamos que suas ações deverão continuar sob pressão até que seus controladores cheguem a um acordo com relação ao futuro da companhia, se novo capital será injetado e os débitos renegociados.
 
Assim, consideramos um crescimento na perpetuidade de 3,0% e um WACC de 13,4%. Esperamos que as receitas apresentem um CAGR de 2,9% de 2016 a 2020. O valuation da companhia foi baseado no método de fluxo de caixa descontado de dez anos. 
 
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de analise dos resultados da USIMINAS no 4º trmestre 2015, elaborado por GABRIELA CORTEZ e VICTOR PENNA, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: VICTOR PENNA e GABRIELA CORTEZ, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS





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