Diário do Mercado - 01.04.2016
Cenário externo segue dando sustentação ao Índice Os mercados abriram em baixa nesta sexta-feira, refletindo uma preocupação renovada com os preços do petróleo, conforme se aproxima a reunião entre os maiores produtores mundiais, agendada para 17 de abril, em Doha.
Os investidores encaram com ceticismo a possibilidade de um acordo para congelar a produção e reduzir o atual excesso de oferta global da commodity.
Na Europa, a confiança também ficou em baixa após a pesquisa do Índice de Gerentes de Compras mostrar que o crescimento da atividade industrial da zona do euro permaneceu fraco em março. Em Londres, o índice FTSE caiu 0,47%, enquanto o DAX (Alemanha) perdeu 1,71%.
Nos EUA, os investidores avaliaram como positivos os indicadores industriais divulgados durante a manhã (ISM de 51,8 ante consenso de 50,2), mostrando confiança na recuperação da economia norte-americana.
O relatório do Departamento de Trabalho também mostrou ganhos nos empregos em março, mas sem comprometer a visão de que o Federal Reserve elevará os juros mais tarde este ano.
Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA subiram, assim como os índices acionários. O Dow Jones fechou em alta de 0,61%, enquanto o S&P subiu 0,63%.
Bovespa
O Ibovespa abriu em baixa de mais de 1%, no embalo do mau humor que dominava o mercado naquele momento, mas reverteu a direção no final da manhã e voltou a operar acima dos 50 mil pontos, seguindo as bolsas em Nova Iorque.
A 6ª feira também trouxe a primeira prévia da carteira do Ibovespa que irá vigorar a partir de maio, com a exclusão das ações da varejista Cia Hering (HGTX3) e da operadora de telecomunicações Oi (OIBR3). Maiores altas hoje: GGBR4 (R$ 7; 7,36%), BRAP4 (R$ 6,49; 6,05%), NATU3 (R$ 28,14; 6,03%), SMLE3 (R$ 39,83; 4,79%) e MRFG3 (R$ 6,77; 4,31%).
No final, o índice fechou em alta de 1,01%, a 50.561 pontos. No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 396,807 milhões no dia 30, quando o índice registrou alta de 0,18%.
O saldo acumulado de recursos externos em março é positivo em R$ 8,075 bilhões e, no ano, o saldo é positivo em R$ 10,241 bilhões.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar voltou a cair e voltou à casa dos R$ 3,55 (R$ 3,5578; - 0,99%) nesta sexta-feira, em meio ao fluxo de entrada de divisas e à melhora nos mercados externos depois de dados mais fortes que o esperado sobre a atividade industrial nos EUA.
O Banco Central também sinalizou na noite passada que deve rolar apenas metade do lote de swaps tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares, que vencem em maio, menos do que os 67% do total previstos para vencer no mês. No mercado de juros futuros de BM&F, os contratos mais curtos continuavam operaram próximos à estabilidade, refletindo a estabilidade da Selic no curto prazo.
As taxas dos contratos de juros futuros mais longos reduziram a alta e passaram a operar com leves variações, acompanhando a queda do dólar.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado nesta 6ª feira, 01.04.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS