Fed abranda discurso e política domina o mercado doméstico.
Perspectivas.
Na conjuntura internacional, os agentes descartaram uma elevação de juros pelo Fed nos EUA em sua subsequente reunião marcada para 27 de abril próximo e avaliam que quaisquer movimentações ficarão para mais tarde este ano.
Esta percepção dos investidores deverá manter em trajetória positiva o cenário externo para as bolsas e contribuir favoravelmente para o Ibovespa. Internamente, o mercado aguarda uma definição sobre o panorama político interno, que tenderá a influenciar a trajetória do índice doméstico, principalmente, de meados deste mês em diante.
Eventos.
Em termos de indicadores, no Brasil, os agentes deverão monitorar as tendências de inflação (IPCA, no dia 8, e IPCA-15, no dia 20), de desemprego (PNAD contínua, nos dias 20 e 29) e de atividade econômica (produção industrial, no dia 1º, e índice do Bacen, no dia 13), além da reunião do Copom sobre a taxa Selic, no dia 27 de abril. Já na China, haverá a divulgação do PIB 1T16, no dia 14 de abril.
Análise Gráfica.
O Ibovespa, em enfoque recente, reverteu sua trajetória para alta, com intensidade, mas, ainda dependendo de confirmação para ganhar consistência. O avanço acima do patamar de 45.000 pts, citado no relatório anterior, representava um referencial importante para configurar um novo quadro altista.
Este rompimento ocorreu e, em um primeiro momento, o Ibovespa busca os 56.200 pontos. Contudo, caso perca força, o índice pode recuar para próximo de 40.400 pontos. De toda a sorte, uma maior volatilidade deverá se fazer presente no dia a dia.
Todavia, vale ressaltar que em horizonte de longo prazo, o índice ainda segue em trajetória declinante, respeitando uma linha de tendência de baixa (LTB – gráfico mensal abaixo), seguindo um movimento iniciado em outubro de 2010, formando topos mais baixos.
Performance.
O Ibovespa fechou fevereiro aos 50.055 pts, avançando 16,97% - na maior alta desde outubro de 2002 (+17,92%), passando a acumular +15,47%, mas - 2,14% em 12 meses.
Preliminarmente, o volume médio diário foi de R$9,176 bilhões, com expressiva alta de 72% versus R$5,345 bilhões em fevereiro – excluindo o dia de vencimentos de índice futuro e de opções sobre o índice (17/fev). O ingresso de capital externo em março somou 7,679 bilhões até o último dia 29, acumulando R$9,844 bilhões em 2016.
O índice iniciou ascendente em março, suplantando logo os 45 mil pts, e em quatro pregões, até o dia 4, atingiu os 49 mil pts, patinando em seguida não distante desta pontuação. Já a partir de meados do mês, tornou a ascender e passou a oscilar ao redor dos 50 mil pts. No índice, as ações que registraram as maiores variações foram:
USIM5 (R$1,81; +104,5%; R$ 1,13 bilhão);
GOAU4 (R$2,43; +100,8%; R$ 1,19 bilhão);
GGBR4 (R$6,52; +84,7%; R$ 2,35 bilhões);
PETR4 (R$8,35; +62,5%; R$15,6 bilhões);
BRAP4 (R$6,12; +51,9%; R$ 0,48 bilhão);
BBAS3 (R$19,77; +47,5%; R$ 8,18 bilhões);
PETR3 (R$10,63; +44,6%; R$ 5,16 bilhões);
CMIG4 (R$ 8,09; +37,8%; R$ 1,40 bilhão);
CSNA3 (R$ 7,15; +37,5%; R$ 1,57 bilhão); e
VALE5 (R$11,38; +32,9%; R$ 10,4 bilhões).
Confira no anexo a integra do relatório CARTEIRA SUGERIDA DE AÇÕES - Abril elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, RENATO ODO, CNPI-P, da equipe do BB INVESTIMENTOS