Diário do Mercado, na 2ª feira, 04.07.2016
Bolsa sobe descolada do exterior com baixo volume;
mercado de câmbio e juros oscila com Focus
A bolsa brasileira manteve o fôlego de alta, que já dura desde a semana passada. O Ibovespa fechou em alta de 0,64%, aos 52.568 pts, com acumulando +2,02% no mês, e +21,27% no ano.
O giro financeiro da Bovespa, reduzido por conta do feriado do Independence Day nos EUA, foi de apenas R$ 3,63 bilhões. No dia 29 (último dado disponível), houve ingresso de capital externo da ordem de R$ 521 milhões na Bolsa, elevando o saldo positivo de junho a R$ 1,17 bilhão, e ingresso líquido de R$ 12,64 bilhões no ano.
A agenda econômica (pg.3, do anexo) não trouxe informações consideradas de peso. Internamente, o relatório semanal Focus do Bacen trouxe melhorias em praticamente todos os indicadores para 2016, com exceção da Selic, que manteve-se inalterada, e para 2017, verificou-se no compilado um arrefecimento da inflação (IPCA) além da taxa de câmbio.
Para a semana, os grandes destaques tanto interna quanto externamente se darão na 6ª feira, respectivamente com o IPCA e o Payroll nos EUA.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, o Bacen, contrariando a interpretação de seu discurso de “flutuação” insinuado na semana passada, volta às ofertas de swap cambial reverso, impulsionando a moeda, que fechou cotada a R$ 3,2676 (+1,00%).
No mercado de juros futuros na BM&F, houve retração ao longo de praticamente toda a curva futura de juros, refletindo a projeção de redução da cotação do dólar tanto para 2016, quanto para 2017, de acordo com o relatório Focus.
Na leitura do mercado, o Brexit, que deve postergar o ciclo de alta das Fed Rates, beneficia os mercados emergentes que, por sua vez, podem reduzir suas taxas internas sem maiores prejuízos, já que a tendência é a de incremento da liquidez em escala global oriunda dos incentivos econômicos anunciados para que o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia seja o menor possível.
Já o CDS de 5 anos do Brasil, mantém estabilidade, após uma sequência de recuos na semana passada, fechando a 313 pontos, ante 314 pontos na sessão anterior.
Bolsas no Exterior
Nos mercados estrangeiros, a maioria das bolsas mundiais recuou, em uma correção do rali da semana passada, também prejudicadas pelo fraco volume em consequência do feriado nos EUA.
As quedas só não foram mais expressivas nos mercados onde atuam mineradoras, que sobem na esteira da alta do minério de ferro.
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