Diário do Mercado na 3ª feira, 22.11.2016
Bolsas em Nova York avançaram para recordes históricos e impulsionam mercados pelo mundo
O Ibovespa fechou aos 61.954 pts (+1,45%), acumulando +3,32% na semana, -4,57% no mês, +42,92% ano, +28,70% em 12 meses. O índice já abriu com veloz avanço e chegou a testou os 62.500 pts (+2,4%) por volta de meio dia e meia, arrefecendo a partir daí.
Todavia, sempre se manteve em alta na parte da tarde terminou próximo dos 62 mil pts. O giro financeiro foi de R$8,75 bilhões, com o mercado à vista contabilizando R$8,37 bilhões. No último dado disponível, em 18 de novembro, ocorreu ingresso líquido de capital externo de R$186 mil, reduzindo a retirada no mês para R$2,695 bilhões e elevando o saldo acumulado no ano para R$14,839 bilhões.
Já na abertura, a disparada do preço do minério de ferro alavancou as ações da Vale (VALE5: R$24,87; +6,15%; VALE3: R$27,77; +7,51% - maior alta do dia), que assim permaneceram ao longo de todo o pregão.
Já as ações da Petrobras (PETR4: R$15,93; +2,25%; PETR3: R$17,69; +2,49%) abriram ascendentes, mas, depois, flutuaram ao sabor de notícias sobre o encontro prévio da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) – a reunião oficial será em 30 de novembro próximo – que acabou favorecendo uma recuperação do preço do barril de petróleo, que estava em baixa. Assim, no final os papéis da petrolífera encerraram com ganhos.
Já o setor de papel e celulose foi beneficiado pela divulgação do aumento do preço da celulose pela Suzano (SUZB5: R$12,49; +5,49%) e pela Fibria (FIBR3: R$29,50; +4,24%). Também, as ações do setor de siderurgia foram favorecidos pelas subidas dos preços de commodities
No exterior, os índices das bolsas de Nova York, o Dow Jones e o S&P500 superaram os 19.000 pts e os 2.200, respectivamente, alcançando recordes históricos hoje.
O chamado “Efeito Trump” impulsionou as bolsas de valores norte-americanas, visto que os agentes locais dissiparam seus temores iniciais com o triunfo inesperado de Trump com discursos conciliadores, diferentes daqueles de sua campanha eleitoral, bem como, sempre preferiram, historicamente, a vitória de um candidato republicano, considerado maios liberal e pró-mercado.
Mais uma vez, vale lembrar que, nos EUA, esta é uma semana mais curta com o feriado do “Dia de Ação de Graças” (Thanksgiving Day) nos EUA, na próxima 5ª feira, 24.11, que precede o conhecido “Black Friday” – dia de liquidação nacional com grandes descontos nas mercadorias pelos lojistas naquele país, que atrai multidões.
Agenda Econômica
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), domesticamente, o saldo em conta corrente registrou déficit de US$3,339 bilhões em outubro, apurando saldos negativos de US$16,957 bilhões no ano e de US$22,349 bilhões em 12 meses.
Já o investimento direto no País mostrou superávit de US$8,400 bilhões, somando saldos positivos d US$54,905 bilhões no ano e de US$75,056 bilhões em 12 meses. Ou seja, o IDP supera em mais de três vezes o déficit em conta corrente, tanto em 2016, como nos últimos 12 meses.
A dívida externa estimada pelo Banco Central situou-se em US$335,361 bilhões em outubro (longo prazo em US$269,492 bilhões e curto prazo em US$65,869 bilhões). Já as reservas internacionais do Brasil totalizavam US$372,983 bilhões até ontem (21 de novembro).
Nos EUA, as vendas de casas usadas subiu 2,0% em outubro, versus +3,6% em setembro – acima do consenso de mercado, em -0,6%.
Juros
No mercado de juros, a curva da estrutura a termo da taxa de juros denotou como um todo uma pequena baixa hoje. Com a “trégua” no mercado externo, os investidores voltaram suas atenções para as apostas no corte da taxa Selic na decisão da próxima semana (dia 30) do Banco Central. Apesar da maioria prever um redução de 25 pts-base, existe quem pensa em baixa maior, de 50 pts-base.
Câmbio
No mercado de câmbio (interbancário), o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,3550 (+0,09%), acumulando -0,92% na semana, +4,88% no mês, -15,30% no ano e -9,45% em 12 meses.
A divisa chegou a operar em campo negativo na parte da manhã, mas, reverteu esta tendência na parte da tarde para o terreno positivo, apoiada na valorização do dólar no mercado internacional - no final encerrou de lado.
O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) recuou 6 pts, para 303 pontos, versus 309 pts da véspera (21).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 22.11.2016, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T Wesley Bernabé, CNPI, do BB Investimentos
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